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Trump: “Feliz Natal a todos, incluindo aos canalhas que adoravam Epstein”

© U.S. Justice Department/Handout via REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a se distanciar de Jeffrey Epstein enquanto o Departamento de Justiça norte-americano segue divulgando os arquivos do predador sexual, que morreu na prisão em 2019. Em uma mensagem de Natal, o republicano também atacou os democratas e voltou a afirmar que a eleição presidencial de 2016 foi sabotada.

“Feliz Natal a todos, inclusive aos muitos canalhas que adoravam Jeffrey Epstein. Deram a ele muito dinheiro, foram à sua ilha, participaram de festas e achavam que ele era a melhor pessoa do mundo, apenas para ‘descartá-lo como um cachorro’ quando as coisas começaram a esquentar”, escreveu Trump em uma publicação feita na quinta-feira em sua plataforma, a Truth Social.

Ele acrescentou: “Alegaram falsamente que não tinham nada a ver com ele, que não o conheciam. Disseram que era uma pessoa repugnante e, claro, culparam o presidente Donald J. Trump, que, na verdade, foi o único que descartou Epstein — e isso muito antes de virar moda”.

O presidente norte-americano também atacou os democratas, afirmando que são os nomes deles que têm “vindo à tona”. Ele ainda criticou o jornal The New York Times e mencionou a suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, voltando a classificar o pleito como “fraudulento”.

“Agora, os mesmos derrotados estão fazendo isso novamente. Só que, desta vez, muitos dos seus amigos, em sua maioria inocentes, serão prejudicados e terão suas reputações manchadas. Mas, infelizmente, é assim que as coisas funcionam no mundo corrupto da política democrata. Aproveitem o que pode ser um último Feliz Natal”, escreveu.

Vale destacar que, nas últimas semanas, diversos documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein têm sido divulgados, e o nome de Donald Trump já apareceu em alguns deles.

Novos documentos incluem alegação de estupro contra Trump

Cabe lembrar que os novos documentos do caso Epstein divulgados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos na última terça-feira incluem um depoimento registrado pelo FBI no qual uma mulher afirma ter sido estuprada por Donald Trump, atual presidente.

Incluído em um novo lote com milhares de documentos sobre o caso do criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, o depoimento, datado de 27 de outubro de 2020, não identifica a fonte das autoridades federais nem a suposta vítima, já que muitos detalhes foram omitidos.

Segundo o relato de um motorista de limusine da região de Dallas, que afirma ter levado Trump ao Aeroporto de Fort Worth (Texas) em 1995, durante a viagem o então empresário teria feito comentários “muito perturbadores”, a ponto de quase ter sido retirado do veículo “para ser agredido”.

Ainda de acordo com o motorista, durante uma ligação telefônica Trump teria mencionado repetidamente o nome “Jeffrey” e se referido a “abusar de uma garota”.

O motorista relatou também que, ao contar esse episódio a uma mulher conhecida, ela afirmou que “Donald J. Trump a havia estuprado junto com Jeffrey Epstein”, depois de uma jovem “com um nome estranho” tê-la “levado a um hotel ou edifício de luxo”.

A pessoa que repassou as informações ao FBI disse ter aconselhado a mulher a procurar a polícia para denunciar o ocorrido, mas ela teria respondido: “Não posso, eles vão me matar”.

Divulgação total dos arquivos deve levar “mais algumas semanas”
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) informou nesta sexta-feira que a divulgação completa dos arquivos de Jeffrey Epstein pode levar “mais algumas semanas”, atrasando ainda mais o cumprimento do prazo de 19 de dezembro estabelecido pelo Congresso.

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