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Israel vai permitir ajuda a Gaza com paraquedas

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Israel anunciou nesta sexta-feira (25) que vai autorizar que países estrangeiros enviem ajuda humanitária à Faixa de Gaza com paraquedas. Segundo autoridades locais, nove pessoas morreram de fome desde nesta quinta-feira (24) e 122 desde o começo da guerra, em 2023.

Jordânia e Emirados Árabes Unidos são as duas nações com autorização para a entrega. Os lançamentos de ajuda humanitária serão coordenados entre os países e as Forças de Defesa Israelense, afirmou o jornal Times of Israel.

Expectativa é de que os primeiros pacotes sejam enviados ainda nesta sexta-feira. Uma fonte militar afirmou ao jornal israelense que as articulações Jordânia e Israel são feitas nesta tarde (manhã desta sexta-feira, em Brasília). A quantidade de ajuda humanitária a ser enviada não foi esclarecida até o momento.

População de Gaza passa fome e mais de 100 morreram por desnutrição, segundo a Palestina. Em março deste ano, Israel impôs um bloqueio total à Faixa de Gaza, interrompendo toda a entrada de ajuda. Somente no fim de maio alguns caminhões voltaram a ter acesso, de forma limitada.

Envio de ajuda com paraquedas deixou 12 mortos em 2024. Um “mal funcionamento” de um dos paraquedas enviados com suprimentos fez com que os alimentos caíssem no mar em Beit Lahia. Ao todo, 12 pessoas que nadaram até os pacotes de ajuda humanitária morreram afogadas.

“Gargalo” para ajuda humanitária é das Nações Unidas, alega Israel. Em publicação feita nesta sexta-feira, a Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios do Exército de Israel afirmou que a ONU e as organizações internacionais não fizeram a coleta dos alimentos nas fronteiras nos últimos meses.

Outra justificativa dada por Israel é de que alimentos são saqueados pelo Hamas. O país também alegou que o grupo extremista controla as entregas humanitárias para cobrar caro e “criar o caos” no próprio território.

DESNUTRIÇÃO EM GAZA ATINGE NÍVEIS ALARMANTES

Entre os 122 mortos por falta de comida, 83 são crianças. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

Israel comete um “crime sistemático de fome”, diz palestina. Um comunicado lançado nesta sexta-feira pelo governo local exigiu a abertura das fronteiras para entrada de alimentos. Segundo eles, seria necessário 500 veículos com ajuda humanitária e 50 caminhões de combustível por dia para salvar o território de um “desastre”.

Fórmula usada para alimentar crianças desnutridas também vai acabar, diz Unicef. A projeção das agências humanitárias é de que a comida terapêutica para crianças que não têm acesso a alimentos dure até o meio de maio.

Médicos Sem Fronteiras reforça o aumento no número de desnutridos e a morte de recém-nascidos com fome. Ao menos três bebês morreram na última semana com desnutrição grave. A ONU alertou que seus próprios funcionários em missões humanitárias têm enviado “mensagens desesperadas de fome”.

A escassez de alimentos faz com que os poucos produtos que aparecem nos mercados custem caro. Segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA), o preço da farinha para pão está 3.000 vezes mais alto do que antes da guerra.

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