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Ucrânia tem “poucas hipóteses” de sobreviver sem apoio dos EUA

“Teremos poucas chances, poucas chances de sobreviver sem o apoio dos Estados Unidos. Acredito que isso é muito importante”, disse Volodymyr Zelensky na sexta-feira.

O líder ucraniano falou em entrevista à emissora norte-americana NBC, nos bastidores da Conferência de Segurança de Munique, onde se reuniu com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance.

A entrevista foi ao ar algumas horas depois do encontro, no qual Zelensky disse a Vance que a Ucrânia quer “garantias de segurança” antes de qualquer negociação para encerrar a guerra com a Rússia.

Pouco antes de se reunir com Vance, Zelensky afirmou que só concordará em se encontrar pessoalmente com o presidente russo, Vladimir Putin, depois que um plano conjunto for negociado com o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Vance disse a Zelensky que os Estados Unidos querem alcançar uma “paz duradoura” na Ucrânia, “uma paz que não mergulhe o Leste Europeu em conflito dentro de apenas alguns anos”. Ele classificou a reunião como “uma boa conversa”, afirmando que outras seguirão “nos próximos dias, semanas e meses”.

Zelensky disse acreditar que Trump é a chave para acabar com a guerra da Rússia na Ucrânia e revelou que o presidente dos EUA lhe deu seu número de telefone pessoal. Ele também fez um apelo por uma paz “real e garantida” para seu país.

“Estamos prontos para avançar o mais rapidamente possível para uma paz real e garantida”, escreveu Zelensky na rede social X, elogiando a “determinação” de Donald Trump, que “pode ajudar a pôr fim à guerra”.

Trump rompeu com anos de apoio firme dos Estados Unidos à Ucrânia nesta semana, após um telefonema de uma hora e meia com Putin.

Muitos observadores, especialmente na Europa, esperavam que Vance esclarecesse ao menos um pouco as ideias de Trump sobre uma solução negociada para a guerra.

Em sua participação na conferência, Vance criticou líderes europeus sobre liberdade de expressão e imigração ilegal no continente, alertando que podem perder o apoio popular se não mudarem rapidamente de postura.

“A ameaça que mais me preocupa em relação à Europa não é a Rússia, não é a China, não é qualquer outro ator externo. O que me preocupa é a ameaça interna, o retrocesso da Europa em relação a alguns dos seus valores mais fundamentais, valores compartilhados com os Estados Unidos”, disse Vance. Ele também alertou os líderes europeus: “Se vocês têm medo dos próprios eleitores, não há nada que a América possa fazer por vocês”.

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