Mundo

SpaceX se prepara para novo voo da Starship após falhas

A FAA afirmou que a SpaceX passou a atender aos requisitos técnicos e ambientais exigidos para a retomada dos voos, mas alertou que o risco envolvido permanece elevado. Como medida de precaução, a área de risco de detritos foi ampliada de 885 para aproximadamente 2.960 quilômetros, afetando também a navegação aérea em países como México, Cuba e Reino Unido, além de território americano.

Além do impacto sobre rotas aéreas, as falhas anteriores também geraram atritos diplomáticos. Em nota, a FAA informou estar em “colaboração contínua” com autoridades do Caribe, Reino Unido e América Central para monitorar o cumprimento das exigências internacionais de segurança. A SpaceX, por sua vez, se comprometeu com novas práticas de coleta de dados e inspeções mais rigorosas.

O nono teste marcará a primeira reutilização de um propulsor Super Heavy já lançado, o mesmo que foi lançado e recuperado com sucesso no sétimo voo da Starship. Segundo a SpaceX, o objetivo agora é ampliar a coleta de dados para entender o desempenho do veículo sob novas condições de voo, com foco em ângulos de ataque mais altos e trajetórias controladas de retorno.

Entre os destaques do voo está o primeiro teste da Starship com carga útil a bordo: oito simuladores de satélites Starlink, que não entrarão em órbita, mas ajudarão na análise estrutural do foguete. O estágio superior da nave também será usado para experimentar tecnologias de reentrada, incluindo placas metálicas de diferentes materiais e novos encaixes de fixação.

A expectativa inicial da SpaceX era realizar até 25 lançamentos da Starship em 2025. No entanto, com apenas dois testes concluídos até agora, ambos sem sucesso, a empresa tenta manter o cronograma ajustando hardware e melhorando o controle de trajetória. Técnicos também alteraram o sistema de ignição para girar o propulsor em uma direção pré-determinada, reduzindo o uso de propelente e ampliando o controle.

Para esse lançamento, o propulsor Super Heavy não tentará retornar ao ponto de origem, mas pousará forçadamente no Golfo da América. A decisão visa evitar danos à infraestrutura da base de lançamento. Ainda assim, os dados coletados durante o voo devem ajudar a moldar as próximas versões do foguete.



Fonte

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

Mundo

Em dia de posse de novo premiê, protestos se espalham pela França

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Sébastien Lecornu tomou posse às 12h de Paris...

Mundo

Vitória de Meta e TikTok força Europa a mudar ‘taxação’ de Big Techs

“Contagem dupla” e liberação de pagamento para quem tiver prejuízo. Essas são...

Mundo

NASA anuncia possível sinal de vida antiga em Marte

Descobrimos “comida de micróbios marcianos”, mas não os próprios micróbios marcianos. Mas...

Mundo

Assassinato de refugiada ucraniana choca Estados Unidos; o que aconteceu?

Nos últimos dias, o nome de Iryna Zarutska tomou conta da imprensa...