O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou nesta quarta-feira para a existência de “consequências muito graves” caso o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não concorde em pôr fim à guerra na Ucrânia após o encontro que os dois terão na próxima sexta-feira.
Em uma coletiva de imprensa em Washington, na qual falou sobre as conversas realizadas mais cedo com vários líderes europeus e com o presidente da Ucrânia, Trump ressaltou o desejo de se reunir com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky “quase imediatamente depois” da cúpula de Anchorage, no Alasca.
“Algumas coisas grandiosas podem ser alcançadas já na primeira reunião. Será um encontro muito importante, mas é preciso preparar o terreno para uma segunda reunião”, disse Trump, acrescentando que teve uma “conversa muito positiva” com os líderes europeus e com representantes da União Europeia e da OTAN.
As conversas de hoje, na véspera da cúpula Trump-Putin, foram organizadas pela Alemanha.
A declaração ocorre depois de o presidente da França, Emmanuel Macron, também ter se reunido com o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Além do encontro com Costa, Macron participou de duas reuniões por videoconferência com líderes europeus, entre eles o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Depois, falou com Trump e garantiu que a vontade dos Estados Unidos é “alcançar um cessar-fogo” na Ucrânia.
Segundo Macron, Donald Trump pretende “trabalhar para conseguir uma reunião trilateral” com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
O que diz Zelensky?
Na reunião com Macron, Zelensky afirmou — segundo a AP — que Putin está “blefando” antes do encontro com Trump e que também está “tentando exercer pressão […] sobre todos os setores da frente ucraniana” numa tentativa de mostrar que a Rússia é “capaz de ocupar toda a Ucrânia”.
A dois dias da cúpula entre Trump e Putin, as forças russas fizeram, na terça-feira, o maior avanço em território ucraniano em 24 horas em mais de um ano, segundo dados do Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos.
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