A área mais atingida foi a de Zaporíjia, uma das quatro regiões declaradas anexadas por Moscou em 2022, mas que ainda não está sob controle das forças russas, segundo o chefe da administração militar local, Ivan Fedorov.
De acordo com a agência espanhola EFE, tropas russas bombardearam 17 localidades de Zaporíjia com drones e mísseis. Fedorov relatou 37 casos de destruição de apartamentos, casas, prédios agrícolas e outras infraestruturas.
Na região de Kherson, 16 civis ficaram feridos em ataques russos na sexta-feira, informou a administração militar local. Foram atingidas infraestruturas críticas, sociais e bairros residenciais, com 11 casas danificadas.
Em Kiev, a capital, foi declarado alerta aéreo por ameaça de drones, mas a medida foi suspensa 32 minutos depois. Também houve ataques noturnos com drones em Konotip e em Kramatorsk, na região de Donetsk, onde três pessoas ficaram feridas, segundo autoridades militares.
Do lado russo, o Ministério da Defesa informou que sistemas de defesa aérea derrubaram quatro bombas guiadas e 160 drones, conforme comunicado divulgado pela agência oficial TASS. A pasta também anunciou a tomada das localidades de Kleban-Byk e Sredneye, em Donetsk, nas últimas 24 horas.
Nos últimos meses, Moscou intensificou operações no leste da Ucrânia, enquanto esforços diplomáticos tentam buscar uma saída para a guerra, iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa.
O presidente dos EUA, Donald Trump, prepara um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, mas a participação ainda não está confirmada. Trump afirmou que só terá mais clareza sobre as chances de paz “nas próximas duas semanas”.
Após a invasão, a Rússia anunciou a anexação de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson, além da Crimeia em 2014. A Ucrânia e a maior parte da comunidade internacional não reconhecem as anexações.
Atualmente, Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano. Putin afirma que a Ucrânia não deveria ser independente, mas parte da Federação Russa. Zelensky, porém, reafirmou que não abrirá mão de nenhuma área reconhecida internacionalmente desde a independência em 1991.
“A nossa bandeira é o objetivo e o sonho de muitos compatriotas nos territórios temporariamente ocupados. Eles a protegem porque sabem que não entregaremos nossa terra ao ocupante”, declarou Zelensky, citado pela EFE.
A guerra já deixou dezenas de milhares de mortos civis e militares, mas o número exato segue desconhecido.
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