Internacional

Rússia ignora ameaças de Trump e mata ao menos 20 em ataques à Ucrânia

Poucas horas depois de o presidente norte-americano ter anunciado que pressionaria Moscou e encurtaria o prazo para se alcançar um cessar-fogo no conflito com a Ucrânia, a Rússia voltou a atacar o país vizinho, deixando 20 mortos.

Os bombardeios desta noite tiveram como alvo uma prisão em Zaporizhzhia, uma área residencial e um hospital na região de Dnipropetrovs.

Os ataques contra o estabelecimento prisional deixou 16 mortos e 35 feridos, de acordo com o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriï Iermak, que denunciou “mais um crime de guerra cometido pelos russos” e pediu sanções à Rússia.

“O regime Putin, que também faz ameaças contra os Estados Unidos através de alguns dos seus porta-vozes, precisa enfrentar golpes econômicos e militares que o privem da capacidade de continuar a guerra”, disse Iermak no X.

“Este é outro crime de guerra dos russos, que não vão parar se não forem detidos”, acrescentou.

Através do Telegram, o governador Ivan Fedorov informou que os prédios da penitenciária foram destruídos e as residências nas redondezas ficaram danificadas.

As forças russas atacam regularmente a região de Zaporizhzhia, desde o início da guerra em fevereiro de 2022. A Rússia declarou unilateralmente a anexação de partes desta região, mas Kiev e os aliados ocidentais acusam Moscou de apropriação ilegal de terras.

Os outros três bombardeios na região de Dnipropetrovsk deixaram, pelo menos, quatro mortos e oito feridos, indicou o chefe da administração regional, Sergiï Lysak.

Segundo Lysak, esses ataques com drones explosivos e bombas guiadas miraram as comunidades de Mezhyivska, Dubovykivska e Slovianska.

Deliberado

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou que há pelo menos 22 mortos nestes ataques, o que os torna dos mais mortais nos últimos meses.

De acordo com Zelensky, o ataque a um hospital da cidade Kamianske matou três pessoas, incluindo uma mulher grávida de 23 anos. Quanto ao bombardeio na prisão de Zaporizhzhi, o chefe de Estado não tem dúvidas de que foi “deliberado”

“Cada assassinato do nosso povo pelos russos; cada ataque russo – quando poderia ter havido um cessar-fogo há muito tempo, se a Rússia não tivesse recusado – tudo isso mostra que Moscou merece uma pressão de sanções muito dura, verdadeiramente dolorosa e, portanto, justa e eficaz”, afirmou nas redes sociais.

“[Os russos] têm de ser forçados a parar com os assassinatos e fazer a paz”.

Horas antes destes ataques, Zelensky expressou esperança com a pressão de Donald Trump e agradeceu ao presidente norte-americanos pelas declarações que vieram “na hora certa, quando muita coisa pode mudar em prol da paz”.

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