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Rússia e Ucrânia se acusam de ataques após proposta de trégua dos EUA

As autoridades russas e ucranianas se acusaram mutuamente, nesta quarta-feira (12), de realizarem ataques durante a madrugada. As declarações ocorrem um dia após a Ucrânia aceitar uma proposta dos Estados Unidos para um “cessar-fogo imediato” de 30 dias com a Rússia.

De acordo com a Sky News, a Rússia afirmou ter interceptado 21 drones ucranianos, sendo 12 deles abatidos sobre a região de Briansk, próxima à fronteira. Outros nove foram derrubados em Kaluga, na Crimeia, no Mar Negro e em Curssque.

Já o Exército ucraniano declarou que a Rússia lançou três mísseis e 133 drones contra seu território, dos quais 98 foram abatidos. Um dos ataques atingiu a cidade de Krivói Rog, na região de Dnipropetrovsk, matando uma mulher de 74 anos e ferindo outras cinco pessoas.

O governador regional de Odessa, Oleg Kiper, relatou que um ataque russo a instalações portuárias resultou na morte de quatro pessoas e danificou um navio de bandeira de Barbados. As vítimas seriam cidadãos sírios, com idades entre 18 e 24 anos. O cargueiro, identificado como “MJ PINA”, estava prestes a transportar trigo ucraniano para a Argélia.

Além dos mortos, um outro cidadão sírio e um ucraniano ficaram feridos no bombardeio. Kiper não especificou se os quatro sírios trabalhavam no navio atingido.

Na terça-feira (11), a Ucrânia aceitou a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo temporário de 30 dias com a Rússia. Em contrapartida, Washington concordou em retomar o envio de ajuda militar a Kiev.

O governo russo ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esperar que seu homólogo russo, Vladimir Putin, também aceite a trégua. “Agora temos que ir até a Rússia e torcer para que, com sorte, o presidente Putin também aceite. E então poderemos dar andamento ao processo”, declarou Trump na Casa Branca.

A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, com Moscou alegando a necessidade de proteger minorias separatistas pró-russas no leste ucraniano e “desnazificar” o país vizinho. Desde então, o conflito já resultou em dezenas de milhares de mortos de ambos os lados. Nos últimos meses, a Rússia intensificou os ataques aéreos contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto Kyiv tem mirado alvos dentro do território russo e na Crimeia, anexada ilegalmente por Moscou em 2014.

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