A Rússia declarou nesta segunda-feira (14) que está disposta a participar de uma terceira rodada de negociações com a Ucrânia, embora tenha acusado Kiev de estar “sem pressa” para retomar o diálogo. O último contato formal entre os dois países aconteceu no início de junho, em Istambul.
“É evidente que Kiev não tem urgência. Ainda aguardamos propostas de datas. A parte russa está pronta para continuar e realizar uma terceira rodada”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante coletiva de imprensa.
Peskov classificou como “importante” a postura dos Estados Unidos ao manterem esforços de mediação, mencionando o trabalho do enviado especial para a Ucrânia, Keith Kellogg, que se reuniu na semana passada com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Roma.
As negociações realizadas em 2 de junho, na cidade turca de Istambul — que já havia sediado uma primeira reunião em 16 de maio — resultaram em trocas de prisioneiros, incluindo detentos gravemente feridos, doentes e jovens com menos de 25 anos.
Sobre o fornecimento de armas por parte dos EUA, Peskov afirmou que Moscou não percebeu nenhuma interrupção no envio de armamentos. Ele destacou que as entregas continuaram mesmo após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado no domingo o envio de sistemas de defesa aérea Patriot para Kiev.
Questionado sobre os testes militares da Estônia com lançadores de foguetes HIMARS, fabricados pelos EUA, o porta-voz do Kremlin garantiu que a Rússia continuará a proteger “com firmeza” seus “interesses legítimos” na região do Báltico.
“O envolvimento dos países bálticos em ações provocativas é um fato absolutamente evidente”, declarou Peskov, segundo a agência estatal russa TASS.
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