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Reino Unido vai construir 12 submarinos e seis fábricas de munições

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deve anunciar nesta segunda-feira (2º) um ambicioso plano de reforço militar, que inclui a construção de 12 novos submarinos de ataque e seis fábricas de munições, como parte de uma revisão estratégica da defesa do Reino Unido, de acordo com o jornal New York Times.

O pacote integra o programa AUKUS, firmado com Austrália e EUA em 2021, e prevê que os submarinos de propulsão nuclear com armamento convencional estejam operacionais até o fim da década de 2030 — com a entrega de uma nova unidade a cada 18 meses. O investimento total será de £15 bilhões (cerca de R$116 bilhões) em ogivas nucleares.

Outra frente da estratégia envolve a aquisição de até 7.000 armas de longo alcance fabricadas no país e a aplicação de £1,5 bilhão (R$11,6 bilhões) na construção das fábricas de munições e produtos energéticos, com capacidade de operação contínua para escalar a produção conforme a demanda.

“Estamos fortalecendo a base industrial do Reino Unido para dissuadir nossos adversários e manter o país seguro em casa e forte no exterior”, disse o ministro da Defesa, John Healey.

Além disso, serão investidos £1 bilhão (R$7,7 bilhões) na criação de um novo Comando CyberEM, voltado para operações cibernéticas e digitais, e mais £1 bilhão (R$7,7 bilhões) para renovar moradias das Forças Armadas.

Essas medidas fazem parte da meta do governo britânico de elevar os gastos com defesa para 2,5% do PIB até 2027 e atingir 3% na próxima legislatura. A expectativa é que a nova meta da OTAN chegue a 5% do PIB, sendo 3,5% para despesas militares diretas e 1,5% para áreas relacionadas, como infraestrutura e segurança digital.

“Estamos sendo diretamente ameaçados por Estados com forças avançadas, e a melhor forma de dissuadi-los é mostrar que estamos prontos”, afirmou Starmer. Segundo ele, o plano é “tornar a Grã-Bretanha mais segura, equipada e preparada para os desafios das próximas décadas”.

O Reino Unido, que co-presidirá na quarta-feira a reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, reforça que a transformação em sua defesa representará a maior contribuição do país para a OTAN desde a fundação da aliança.

Leia Também: Reino Unido deve se preparar para vencer guerras, diz Starmer sobre gasto de US$ 2 bi em fábricas de armas

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