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Putin recebe chanceler do Irã no Kremlin e condena ataque dos EUA

O líder da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta segunda-feira (23) no Kremlin o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi. O encontro ocorre em um momento de alta tensão internacional, apenas dois dias após os Estados Unidos realizarem ataques a três instalações nucleares iranianas.

Durante a reunião, Putin classificou os ataques americanos como uma “agressão não provocada”. O líder russo afirmou que não vê justificativa para a ação militar e reiterou sua posição contra a escalada de tensões na região.

 

Contexto dos ataques

O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado (21) que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irã, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.

Concluímos com sucesso nosso ataque às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordo, Natanz e Esfahan”, declarou Trump em uma publicação nas redes sociais.

“Todos os aviões já deixaram o espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada no principal alvo, Fordo. Todas as aeronaves estão a caminho de casa em segurança”, acrescentou.

O Irã prometeu retaliar qualquer ataque dos Estados Unidos, caso o país decidisse se juntar às ofensivas israelenses.

A decisão de envolver diretamente os EUA acontece no nono dia de ataques de Israel ao Irã, em uma tentativa de desmantelar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades ofensivas de mísseis iranianos, além de danificar diversas instalações de enriquecimento nuclear.

Autoridades americanas e israelenses afirmaram que os bombardeiros “stealth” norte-americanos B-2, equipados com uma bomba de mais de 10 toneladas — que apenas essas aeronaves são capazes de transportar —, representavam a melhor chance de destruir locais altamente fortificados relacionados ao programa nuclear iraniano. Esses locais estão enterrados no subsolo, como é o caso da usina nuclear de Fordo, localizada a menos de 100 quilômetros ao sul de Teerã, onde acredita-se que esteja ocorrendo o enriquecimento de urânio acima dos 60%.

Diplomacia em foco

A reunião no Kremlin é vista como um esforço de coordenação entre Rússia e Irã para lidar com a pressão internacional e buscar apoio frente à ofensiva americana. O ataque às instalações nucleares iranianas elevou as tensões no Oriente Médio, gerando preocupação em várias capitais globais sobre o risco de um conflito ampliado.

A Rússia, que mantém laços diplomáticos e comerciais estreitos com o Irã, tem defendido a retomada do diálogo entre as partes envolvidas. No entanto, o cenário permanece incerto, com ambos os lados mantendo posições firmes em relação ao programa nuclear iraniano e à segurança regional.

Autoridades internacionais acompanham de perto os desdobramentos das discussões entre Rússia e Irã, que podem influenciar significativamente os próximos passos na crise.

Leia Também: Drones e Mísseis: ataque russo mata ao menos 5 pessoas na região de Kiev

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