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Primeiro-ministro do Haiti promete repor energia após 11 dias de apagão

O primeiro-ministro do Haiti, Alix Didier Fils-Aimé, anunciou que vai mobilizar o governo para restabelecer o fornecimento de energia elétrica no país, que está há 11 dias completamente no escuro. O apagão teve início após a paralisação das atividades na principal usina hidrelétrica do país, a central de Péligre.

A interrupção foi comunicada pela empresa estatal Electricité d’Haïti (EDH) em 15 de maio. Segundo relatos da imprensa local, a usina foi invadida por moradores da região de Mirebalais (centro do país), em protesto contra a falta de ações das autoridades para combater os grupos armados que controlam a área.

“Diante do prolongado apagão provocado pela paralisação da central de Péligre, a população de Porto Príncipe sofre graves consequências”, afirmou o premiê em publicação nas redes sociais.

Fils-Aimé garantiu que medidas serão tomadas com “firmeza e urgência” e, para isso, convocou uma reunião de emergência com o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, além do diretor-geral da EDH.

O presidente do Conselho Presidencial de Transição (CPT), Fritz Alphonse Jean, também se pronunciou e afirmou que, após conversas com a população local, o governo está comprometido em garantir o funcionamento pleno da usina. “As pessoas nos explicaram claramente a difícil situação que enfrentam. Nós ouvimos e entendemos”, disse Jean, que reforçou o apelo para que a população preserve os bens públicos. “Péligre é um deles.”

Sem acesso à eletricidade, as famílias haitianas que têm recursos estão recorrendo a alternativas como painéis solares e sistemas com baterias (inversores). Já para a maioria da população, resta enfrentar o apagão total.

Frantz Duval, editor-chefe do principal jornal do país, Le Nouvelliste, afirmou nas redes sociais que a usina de Péligre estava em risco há meses. “Ela nunca foi protegida como deveria, apesar de seu valor estratégico. Sem ela, é impossível distribuir energia para a capital e para o restante do país.”

De acordo com dados do Banco Mundial, apenas 47,1% da população haitiana tinha acesso à eletricidade em 2021. A instituição já havia alertado para os sérios desafios enfrentados pelo setor elétrico no país, incluindo escassez recorrente de combustível e o baixo desempenho da concessionária estatal.

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