Economia

prévia do PIB fecha em 3,8% em 2024 com desaceleração no último trimestre

A economia brasileira perdeu ritmo no último trimestre de 2024, mas encerrou o ano com crescimento de 3,8% segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgados nesta segunda (17). O indicador é considerado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e mostrou estabilidade entre outubro e dezembro, refletindo os impactos da política monetária restritiva e a desaceleração do consumo.

Em dezembro, a atividade econômica recuou 0,73%, levando o índice ajustado para 152,3 pontos, o menor nível desde maio do ano passado. Esse resultado reverte a trajetória positiva observada até agosto, quando o IBC-Br atingiu 153,7 pontos, o maior patamar da série histórica iniciada em 2003.

A perda de fôlego da economia está diretamente ligada ao patamar elevado da taxa Selic, atualmente em 13,25% ao ano. O Banco Central manteve os juros altos ao longo das últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para conter a inflação, mas essa estratégia encareceu o crédito e desestimulou o consumo e os investimentos.

O governo criticou fortemente a política monetária ao longo do ano passado, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que espera mudanças sob a nova gestão do Banco Central.

“Tenho certeza que o Gabriel Galípolo vai consertar a taxa de juros neste país, e nós só temos que dar a ele o tempo necessário para fazer as coisas”, declarou o presidente na semana passada.

O IBC-Br é um indicador calculado a partir de dados semelhantes aos utilizados pelo IBGE, mas com divulgação mensal. No terceiro trimestre de 2024, o PIB oficial cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior, enquanto o IBC-Br indicava alta de 1,12%.

Na comparação anual, o PIB avançou 4%, enquanto o índice do Banco Central apontou crescimento de 4,7%.

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