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Presidente da Romênia renuncia a três meses de eleição

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente centrista da Romênia, Klaus Iohannis, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (10), a três meses das eleições, ampliando a crise institucional no país do Leste Europeu. Iohannis estava pressionado diante de um plano dos partidos de ultradireita de votar seu impeachment no Parlamento.

“Para evitar uma crise para a Romênia e seus cidadãos, deixarei o cargo” na quarta-feira (12), disse Iohannis em discurso em Bucareste.

O presidente do Senado, Ilie Bolojan, chefe do Partido Liberal, um membro da coalizão governante, assumirá como presidente interino com poderes limitados até a eleição. Os dois turnos estão marcados para serem repetidos em 4 e 18 de maio.

O estado-membro da União Europeia e da Otan, que faz fronteira com a Ucrânia, foi mergulhado no caos institucional no ano passado. Em novembro, a corte suprema da Romênia anulou a eleição presidencial por acusações de interferência russa. O tribunal, então, determinou que Iohannis, cujo segundo e último mandato expirou em 21 de dezembro, deveria permanecer até que seu substituto fosse eleito, em maio deste ano.

Na votação, o candidato Calin Georgescu, de ultradireita, venceu o primeiro turno com 22% da preferência dos eleitores depois de ter aparecido com menos de 5% nas pesquisas divulgadas dias antes do pleito, o que levantou questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral. Georgescu defende o fim do apoio da Romênia à Ucrânia na guerra contra a Rússia e maior aproximação com Moscou.

Mas a Justiça decidiu suspender o pleito com base em um relatório confidencial produzido pelos serviços de segurança da Romênia. O documento afirmou que o país foi alvo de “ataques híbridos agressivos” por parte da Rússia, que teriam comprometido a integridade da votação.

Mas em janeiro, três partidos de oposição de extrema direita, que controlam cerca de 35% das cadeiras do parlamento, entraram com uma moção para impugnar Iohannis.

Com a moção em votação, e Iohannis profundamente impopular, analistas disseram que alguns legisladores de partidos pró-europeus tradicionais poderiam dar ao esforço de impeachment da extrema direita a maioria necessária.

Os três grupos de extrema direita, cujo apoio aumentou desde a vitória surpresa de Georgescu, usaram sua campanha contra Iohannis como uma razão para organizar protestos e tomar posse da agenda política.

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