Economia

Pochmann minimiza pedido da oposição e diz que críticas são “normais”

“Há questionamentos e resistência, que são normais numa gestão democrática. Só numa gestão democrática é possível haver manifestações. Diante do subfinanciamento, é necessário tomar decisões”, disse em evento de lançamento do plano de trabalho do IBGE para 2025.

Desde o começo do ano, Pochmann e os funcionários estão em uma crise por conta de decisões consideradas arbitrárias por eles, entre elas a criação de uma fundação de direito privado que teria sido feita “de forma sigilosa e sem consulta”.

De acordo com o presidente do IBGE, a sua gestão tem o papel de “estabilizar através do diálogo dos servidores”, após o instituto ter lidado com um “período de enfraquecimento”. “A instituição vivia sérios problemas de instabilidade e de financiamento. Nosso papel foi estabilizar através do diálogo dos servidores”, declarou.

Pochmann acredita que “a resistência de parte dos servidores à criação da Fundação IBGE+ está ocorrendo em função de receios sobre eventual privatização da atividade do órgão”. Segundo ele, a iniciativa vai proporcionar recursos financeiros complementares para o instituto.

“Esse tema das fundações é um tema que gera controvérsia, não apenas no IBGE. Há uma perspectiva de entender que uma fundação desta natureza poderia levar a uma espécie de privatização. Pelo contrário, são modelos necessários para ampliar o orçamento e permitir a inovação tecnológica, absolutamente necessário nos dias de hoje”, declarou, em conversa com jornalistas. .

Apesar de Pochmann defender a criação da Fundação, o IBGE e o Ministério do Planejamento e Orçamento anunciaram na tarde desta quarta (29), em decisão de forma conjunta, a suspensão temporária da Fundação de Apoio à Inovação Científica e Tecnológica do IBGE (IBGE+) para buscar modelos alternativos.

Orçamento insuficiente

Uma das críticas constantes de Pochmann é em relação ao Orçamento do IBGE, o qual para ele, é insuficiente. Ele afirmou que 91% dos recursos são destinados à folha de pagamento, limitando investimentos em outras áreas.

Havia um esforço, segundo ele, de conseguir recursos extraordinários, incluindo a mudança na repartição dos recursos de fundos, visando recursos via royalties de petróleo ou via Fundo de Participação dos Estados e Municípios.

O IBGE determina quais áreas dos municípios podem acessar os recursos dos royalties do petróleo e estabelece a estimativa populacional que viabiliza esse repasse. A proposta é que o instituto receba uma parcela como compensação pelo serviço prestado.

“Nós não conseguimos que houvesse uma mudança legal que repartisse uma parcela pequena desses fundos para o IBGE, que é responsável por fazer essas negociações. Nós não recebemos porque uma lei proíbe transferência de recursos de empresas estatais e bancos públicos para fundações”, disse.

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