Sobre a Nvidia, “eu disse a eles (…), quero que paguem algo ao nosso país, porque estou concedendo uma isenção”, declarou o presidente dos Estados Unidos a jornalistas na Casa Branca.
As duas empresas, sediadas na Califórnia, haviam desenvolvido esses chips avançados ? embora menos potentes que seus modelos de ponta ? especificamente para o mercado chinês, a fim de contornar as restrições americanas impostas desde 2022. No entanto, sua exportação também havia sido suspensa.
Trata-se de um tipo de processador gráfico considerado essencial porque funciona como “acelerador” de IA, oferecendo potência de cálculo indispensável para executar tarefas complexas, explicou à AFP Dylan Loh, professor adjunto da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura.
“Evidentemente, é uma ferramenta-chave para atender à demanda insaciável de países e empresas que estão construindo suas ferramentas de IA”, acrescentou Loh.
Inicialmente, a exportação desses chips sofisticados para a China estava sujeita a restrições dos Estados Unidos, sob a presidência de Joe Biden, por razões de segurança nacional. Posteriormente, Donald Trump adotou novas medidas restritivas, incluindo incentivos para a relocalização da produção.
Em abril passado, os dois fabricantes americanos de chips alertaram para as graves consequências financeiras dessas medidas. A Nvidia estimou em 5,5 bilhões de dólares (R$ 30 bilhões) o impacto dessas restrições sobre a empresa, enquanto a AMD previa que isso poderia reduzir seus resultados em cerca de 800 milhões de dólares (R$ 4,35 bilhões).
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