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No mundo com inteligência artificial, o que as escolas precisam ensinar?

O que Rebecca defende é que a formação escolar, hoje, deve:

  1. Fornecer ferramentas sociais, para que nossas crianças não percam a habilidade de manter contatos humanos e possam se beneficiar disso;
  2. Desenvolver experiências de aprendizado que formem indivíduos interessados, que tenham fome de aprender e se envolvam com o conhecimento. Uma criança motivada é capaz de aprender qualquer coisa, inclusive descobrir modos de usar a inteligência artificial para aprender mais, em vez de só usar para quebrar regras. Essas são duas bases importantes para uma educação que deve mudar muito, e muito rápido.

Sobre um ponto benéfico da IA: a função do professor na escola é bastante complexa. Ele precisa dominar a área do conhecimento que vai lecionar, entender as dificuldades de aprendizado de cada estudante, atuar como assistente social e até impedir que os alunos se agridam durante a aula. Para Rebecca, precisamos focar na habilidade da IA de ajudar os professores. Com a ferramenta, há mais professores do que alunos.

E esses “professores” se adaptam à forma de aprendizado de cada aluno, individualmente. Conforme aprimoramos essas ferramentas já muito desenvolvidas, somos capazes de personalizar a educação, usando-a como tutora personalizada. Em escolas públicas, onde geralmente há poucos professores para muitos alunos, isso pode ser muito bem-vindo para um ensino mais customizado para cada um deles.

Mas a Rebecca alerta: há o famoso FOMO, fear of missing out ou medo de ficar de fora, das pessoas em relação à IA. É novo, é moderno e é preciso adotar para entrar na onda. Mas, em tempos de tantas mudanças, as escolas que forem tentando se moldar e se adaptar a cada tendência tecnológica que surge correm sérios riscos de se perder.

A especialista adverte que a IA tem que ser regulamentada e não pode estar disponível de forma massificada para crianças, a menos que tenha sido construída especificamente para esse público. E a saída para fazer isso de maneira ética é obrigar que toda companhia que queira trabalhar com crianças e escolas deva ser uma Empresa B ou Empresa de Benefício (benefit corporation) porque, assim, precisa assumir um compromisso com questões sociais, e não só com o lucro.

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