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Morte de Charlie Kirk se espalha nas redes e mostra moderação relapsa

Não sinalização de violência é problemática, pois redes sugerem conteúdos para as pessoas. Boa parte das plataformas conta com um feed baseado em algoritmo, seja indicando conteúdos que a pessoa gosta ou vídeos viralizados. Logo, não indicar que é conteúdo sensível, expõe pessoas a fotos ou vídeos que elas não estão preparadas para ver. Questão pode ser pior para crianças, que podem se deparar com materiais impróprios.

Dois dias após o ocorrido, vídeos da tragédia estão “mais escondidos”. No X, uma busca por Charlie Kirk exibe poucos vídeos do ato em si. Nas propriedades da Meta, há a indicação de conteúdo sensível. Já o TikTok, em comunicado a sites estrangeiros, disse que removeria conteúdos que mostrassem a cena.

Falhas em moderação de vídeos virais expõem dilema das redes sociais. Para a professora de marketing digital da ESPM Fernanda Vicentini, a “moderação automatizada não é perfeita” e precisa ser “revista por humanos”. Ao mesmo tempo, faz parte da lógica da rede social ter conteúdos “altamente engajantes” — os mesmos que frequentemente escapam da moderação automatizada — para atrair e reter as pessoas.

Assuntos que provocam violenta emoção são altamente compartilháveis. No caso de violência, é algo nocivo, pois pode indicar crimes e normaliza esses atos. Acaba dependendo muito do quão a sério a plataforma leva sua política de moderação e o quanto se sente corresponsável pelo conteúdo de usuários
Professora de marketing digital da ESPM Fernanda Vicentini

Profusão de vídeos violentos exige “moderação mais proativa”. Para o especialista em direito digital da Universidade Mackenzie Diogo Rais, esse comportamento é um “prenúncio se não tiver uma regulação” do setor. “Precisa haver regulação, pois nenhuma empresa naturalmente frearia o consumo de seu produto”.

X diz que é “contra a violência e a censura”. Em postagem, plataforma lamenta o ocorrido com Kirk e que eles se mantêm “comprometidos em lugares pelo direito de todas as vozes serem ouvidas, independente de suas perspectivas”. Consultada, a empresa não se pronunciou sobre a proliferação de vídeos sem notificação



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