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Meta fatura R$ 85 bilhões/ano com anúncios de golpes, diz documento

Stone, o porta-voz da Meta, disse que o valor de 0,15% citado veio de um documento de projeção de receita e não era um limite rígido.

Em meio à intensificação da pressão para fazer mais para combater os golpes em suas próprias plataformas, os executivos da Meta apresentaram a Zuckerberg, em outubro de 2024, um plano para o que eles chamaram de abordagem moderada para a aplicação de golpes. Em vez de uma rápida repressão, a empresa concentraria seus esforços em países onde temia uma ação regulatória de curto prazo, de acordo com um documento que delineava a estratégia.

Após a reunião com o Zuckerberg, os executivos da Meta encarregados de reforçar a integridade das plataformas da empresa decidiram tentar reduzir a porcentagem de receita atribuível a fraudes, jogos ilegais e produtos proibidos de uma estimativa de 10,1% em 2024 para 7,3% até o final de 2025. Até o final de 2026, a Meta pretende reduzir ainda mais esse número para 6% e, em seguida, para 5,8% em 2027, segundo o memorando de estratégia e outros documentos vistos pela Reuters.

Aumento na fraude

Em 2022, segundo um documento daquele ano, a Meta descobriu uma rede de seis dígitos de contas que fingiam ser membros das forças armadas dos Estados Unidos em zonas de guerra. As contas enviavam milhões de mensagens por semana tentando convencer os usuários do Facebook a doarem dinheiro. “Sextorsão” – na qual os golpistas obtêm imagens sexuais de um usuário, geralmente um adolescente, sob falsos pretextos e depois o chantageiam – também estava se tornando comum nas plataformas da Meta. E uma enxurrada de contas falsas que fingiam ser celebridades ou representar grandes marcas de consumo enganavam usuários em todo o mundo.

Mas, apesar do aumento das fraudes online, outro documento de 2022 observa a “falta de investimento” da empresa na detecção automatizada de fraudes naquela época. A Meta classificou os anúncios fraudulentos como um problema de “baixa gravidade”, considerando-os como uma “experiência ruim para o usuário”, diz o documento.



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