SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Organizações de direitos humanos sediadas em Israel afirmaram que o país tem cometido genocídio contra o povo palestino desde o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023.
É a primeira vez que respeitadas entidades locais que atuam na área acusam abertamente o governo israelense de crime internacional. Relatório publicado pela B’Tselem e pela Physicians for Human Rights aponta que Israel atacou civis em Gaza somente por conta de sua identidade como palestinos, o que resultou em danos graves e irreparáveis.
“O que vemos é um ataque claro e intencional contra civis com o objetivo de destruir um grupo. Acho que todo ser humano precisa se perguntar: o que fazer diante de um genocídio?”, disse Yuli Novak, diretora da B’Tselem.
Violações aos direitos humanos contra a saúde dos palestinos é preocupante. Em seu relatório, a organização Médicos pelos Direitos Humanos (PHR) relata em um documento extremamente detalhado, formulado pelos médicos que atuam em Gaza, um ataque contínuo ao sistema de saúde do enclave, o que impede a assistência a feridos.
“A destruição do sistema de saúde por si só torna a guerra genocida, segundo o artigo 2c da convenção sobre genocídio, que proíbe impor deliberadamente condições de vida calculadas para destruir um grupo “no todo ou em parte”, disse Guy Shalev, diretor dos Médicos pelos Direitos Humanos (PHR).
Israel nega o genocídio e afirma que suas ações em Gaza são motivadas por autodefesa. Governo de Netanyahu afirma que atua para impedir as ações “terroristas do Hamas”.
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