O Exército de Israel anunciou neste domingo (17) que vai concentrar suas operações militares na cidade de Gaza, no norte do território palestino, com o objetivo de atacar de forma “decisiva” o Hamas. A informação foi confirmada pelo chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, durante visita à Faixa de Gaza.
“Hoje aprovamos o plano para a próxima fase da guerra”, declarou Zamir em comunicado. Segundo ele, a cidade de Gaza é considerada um dos últimos redutos do grupo islâmico palestino, e os ataques continuarão até sua “derrota definitiva”, com os reféns mantidos pelo Hamas no centro das prioridades de Israel.
O movimento palestino reagiu, afirmando em seu site oficial que os planos israelenses equivalem a “uma nova onda de extermínio e deslocamento em massa”, acusando Israel de cometer “um crime de guerra de grande escala, com apoio político e militar dos Estados Unidos”.
Israel já havia sinalizado que pretende assumir o controle da cidade de Gaza e de campos de refugiados vizinhos para derrotar o Hamas e libertar os reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra, já em seu 22º mês.
Na semana passada, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a aprovação de uma nova fase da ofensiva, ratificada pelo gabinete de segurança. O Exército declarou que a operação lançada em maio já “cumpriu seus objetivos”, reduzindo significativamente as capacidades do Hamas.
Segundo a rádio militar israelense, a estratégia prevê a retirada da população civil da cidade até 7 de outubro e o cerco total da região, com a mobilização de pelo menos quatro divisões, incluindo dezenas de milhares de soldados da reserva.
O Cogat, órgão ligado ao Ministério da Defesa de Israel, informou que começou a fornecer tendas e abrigos para deslocar moradores das áreas de combate para o sul da Faixa de Gaza. O Hamas, porém, classificou a medida como uma “manobra enganosa para encobrir um massacre e o deslocamento forçado da população”.
Leia Também: Netanyahu acusa manifestantes de reforçarem Hamas
Deixe um comentário