“Alerta urgente aos residentes da Cidade de Gaza […] e especialmente aos que estão no edifício Al-Rouya […] ou nas tendas próximas”, lê-se em uma publicação feita nas redes sociais pelo porta-voz em árabe do exército israelense, Avichay Adraee.
A mensagem foi acompanhada de uma imagem aérea da região, que mostra o edifício marcado em vermelho.
“As forças [israelenses] vão atacar o edifício em breve devido à presença de infraestruturas terroristas [do grupo islamita palestino] Hamas dentro ou nas proximidades”, acrescentou a mesma fonte.
O Exército israelense anunciou na sexta-feira que faria, “nos próximos dias”, um ataque contra prédios altos na Cidade de Gaza antes de conquistar a região, argumentando que os edifícios “se tornaram infraestruturas terroristas”.
“Nos próximos dias, o Exército vai atacar estruturas que se transformaram em infraestruturas terroristas na Cidade de Gaza: salas, centros de comando e observação, posições de atiradores de elite e de antitanques, além de complexos de comando e controle”, afirmou em comunicado, especificando que os prédios altos seriam alvos em particular.
Antes dos ataques, “serão tomadas várias medidas para minimizar ao máximo o risco de vítimas civis, incluindo alertas direcionados, uso de munições de precisão, vigilância aérea e inteligência avançada”, acrescentou.
Na manhã de hoje, o Exército já havia feito um aviso aos moradores da Cidade de Gaza, aconselhando-os a se dirigirem para uma “zona humanitária” declarada por Israel mais ao sul da Faixa de Gaza, antes da próxima ofensiva terrestre.
“Com efeito imediato, e para facilitar a saída dos moradores da cidade, declaramos a área [litorânea] de Al-Mawasi [no sul da Faixa de Gaza] uma zona humanitária”, disse o porta-voz.
“Aproveitem esta oportunidade para se deslocarem sem demora para a zona humanitária e se juntarem aos milhares de pessoas que já foram para lá”, acrescenta o texto.
A ONU estima que cerca de um milhão de pessoas estejam na região da Cidade de Gaza, alertando para um “desastre iminente” caso a ofensiva israelense contra a cidade se intensifique.
A guerra em curso em Gaza começou quando o Hamas atacou o território israelense em 7 de outubro de 2023, deixando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.
Destes, 48 permanecem no enclave palestino, sendo que mais da metade estariam mortos, segundo admitem as autoridades israelenses.
A retaliação de Israel já deixou mais de 64 mil mortos entre os palestinos, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mas considerados confiáveis pela ONU.
No mês passado, as Nações Unidas declararam uma situação de fome em algumas áreas do enclave.
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