Economia

Inflação de novembro supera expectativas por causa dos alimentos

A inflação de novembro foi de 0,39, acima das expectativas do mercado financeiro, que sinalizavam para uma alta de 0,35, de acordo com o último boletim Focus, divulgado na segunda (9). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 4,87%, a maior desde setembro de 2023. Pelo segundo mês seguido, o índice está acima do teto da meta de inflação.

O grupo que mais influenciou na alta foi o de alimentação no domicílio. Os preços aumentaram, em média, 1,81%. Os destaques foram os aumentos nos preços da carne (8,02%), óleo de soja (11%) e café moído (2,33%).

“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida

Dados de inflação vão influenciar na reunião do Copom

Segundo o departamento de pesquisa econômica do banco Daycoval, o grupo de serviços surpreendeu novamente e teve alta maior do que o esperado. Do lado dos voláteis, a alta ficou concentrada na elevação forte de passagens aéreas. Serviços automotivos, alimentação fora e os serviços de bem-estar pressionaram fortemente os serviços subjacentes.

Os bens industriais também tiveram alta mais forte. Contudo, a alta ficou concentrada em elevação dos preços dos cigarros, refletindo a elevação de impostos. Os demais itens apresentaram comportamento mais moderado.

“Este IPCA elevado com pressão altista dos alimentos somado ao quadro desafiador dos serviços subjacentes reforça a expectativa de trajetória de juros mais restritiva por parte do BC”, destacam os economistas do Daycoval.

Segundo Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capityal, Para o consumidor, essa elevação significa uma pressão contínua sobre o poder de compra, especialmente em itens essenciais como alimentos e energia. Diante desse cenário inflacionário, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne esta semana, deve considerar um aumento mais agressivo na taxa Selic

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