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Governo Trump insinua que Harvard tem problemas financeiros e impõe restrição

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Donald Trump intensificou sua campanha contra a Universidade Harvard nesta sexta-feira (19), ao impor novas restrições à capacidade da instituição de acessar fundos federais para o pagamento de auxílio estudantil.

O governo cita preocupações com a “posição financeira” da instituição de ensino superior, a mais antiga e rica dos Estados Unidos. Ou seja: questiona a estabilidade financeira da universidade e exige provas de que Harvard não tem problemas do tipo, muito embora a instituição, que possui um fundo patrimonial de US$ 53 bilhões, nunca tenha sugerido que estivesse com grave dificuldade financeira.

O Departamento de Educação informou que colocou Harvard sob status de “monitoramento intensificado de caixa”, o que significa que a universidade sediada em Cambridge, no estado de Massachusetts, precisará usar seus próprios fundos para pagar o auxílio estudantil federal antes de sacar recursos do departamento.

O órgão também está buscando que Harvard apresente uma carta de crédito de US$ 36 milhões -cerca de 30% da ajuda financeira federal direcionada à universidade no último ano- para garantir que suas obrigações financeiras sejam cumpridas, em meio a uma série de investigações que têm a instituição como alvo.

O Departamento de Educação, em uma outra carta a Harvard, advertiu que seu Escritório de Direitos Civis pode tomar medidas adicionais contra a universidade, a menos que ela forneça mais informações para avaliar se a instituição está considerando ilegalmente a raça como critério de seu processo de admissão de estudantes.

Harvard não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.

A universidade, no entanto, tem realizado demissões e cortes de gastos nos últimos meses, depois que a gestão Trump lançou uma campanha para usar o financiamento federal como alavanca para forçar mudanças em Harvard e outras universidades -que o presidente acusa de estarem dominadas por ideologias antissemitas e de extrema esquerda.

Em julho, Harvard afirmou que o impacto combinado das recentes ações federais em seu orçamento poderia se aproximar de US$ 1 bilhão anualmente.
A universidade processou o governo por algumas dessas ações, levando um juiz a decidir neste mês que o governo havia encerrado ilegalmente mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas a Harvard.

A Casa Branca tem pressionado Harvard a fazer um acordo. O presidente, durante uma reunião recente de gabinete, disse que Harvard deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, pois a universidade “tem sido muito ruim”.
Reservadamente, segundo o jornal The New York Times, a universidade considera um acordo, mas até o momento tem resistido à pressão do governo federal. Harvard critica as ações retaliatórias do governo Trump contra a universidade por defender seus direitos.

Padilha foi escalado para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viaja aos Estados Unidos para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em meio a um período de tensão entre os governos brasileiro e norte-americano

Agência Brasil | 18:35 – 18/09/2025

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