- Geopolítico: o desenvolvimento de uma solução de posicionamento, navegação e tempo própria aumenta a autonomia tecnológica e estratégica do Brasil. Ainda que a chance de o GPS ser desligado pelos EUA seja para lá de remoto, uma alternativa nacional afasta riscos do arrefecimento do cenário geopolítico internacional, cada vez mais hostil.
Osório Coelho Guimarães Neto, do MCTI
Não é bem assim, mas tá quase lá
Ainda que os planos estejam sendo elaborados agora, um ponto é certo: caso decole, o “GPS brasileiro” vai precisar de recurso orçamentário para ser mantido no ar. Não é barato manter os sistemas necessários para satélites em órbita se comunicarem com estações terrestres. E a necessidade de recurso, acredite, é algo que os militares norte-americanos negociam todos os anos com a Casa Branca.
Segundo Osório, o Brasil dispõe de dinheiro para construir os satélites, já que estão na mesa linhas dos BNDES, de cooperação internacional e de fundos setoriais, como o FNDCT, que, desde 2023, conta com disponibilidade acima dos R$ 10 bilhões.
Parcerias com outros países não estão descartadas. Brasil e China fecharam recentemente um acordo para desenvolver o CBERS-5, primeiro satélite geoestacionário do país, que entrar no seleto grupo de uma dezena de nações.
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