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Empatia gera mais polarização, diz neurocientista brasileiro

Segundo o neurocientista, um dos mais respeitados no país, esse movimento leva ao que filósofos alemães chamam de “Schadenfreude”, que não tem tradução para o português, mas significa algo como “prazer na dor alheia”.

Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Boggio conta que a pessoa que decide se colocar no lugar da outra passa a acreditar que deve pensar igual a ela.

Ao fazer isso, a pessoa empática se depara com ideias e valores com as quais não concorda. Diante disso, aumenta o ressentimento em relação à pessoa com quem ela deveria ter empatia. Por isso, explica o cientista, esse fenômeno pode aumentar a polarização.

Mas nem tudo está perdido.

Uma estratégia para mitigar essa percepção é tentar mostrar que as pessoas não são tão diferentes umas das outras
Paulo Boggio

Paulo Boggio, professor do Mackenzie e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Neurociência Social e Afetiva
Paulo Boggio, professor do Mackenzie e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Neurociência Social e Afetiva Imagem: Reprodução/UOL



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