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Dona de funerária levava corpos de bebês para “dar amor” em casa

Amie Upton, a dona de uma agência funerária, em Leeds, no Reino Unido, está sendo acusada de levar os corpos de bebês para sua casa, onde os colocava para ver televisão e contava histórias a eles. A mulher defende-se, afirmando, que amava estes bebês. 

Uma investigação à profissional foi desencadeada depois de uma mãe ter descoberto o corpo do seu filho bebê, sentado em uma cadeira de refeições, junto a uma televisão, refere a BBC.

Segundo conta Zoe Ward, ela entregou o corpo do seu filho, que morreu com três semanas, à mulher, para que ela organizasse as suas cerimônias fúnebres. Porém, durante uma visita à sua casa, viria a encontrar o corpo do filho sentado em uma cadeira, naquilo que descreve como um cenário digno “de um filme de terror” e que contando “ninguém acreditaria”.

Após a descoberta, a Leeds Teaching Hospitals Trust confirmou que, após “sérias preocupações”, proibiu Amie, que dirige a Florrie’s Army, de entrar em seus necrotérios e maternidades.

Amie defende-se mas há mais queixas

Em declarações ao The Mirror,  a mulher veio a público defender-se, afirmando, que “ama os bebês”. Segundo a mesma, os corpos “nunca eram deixados sozinhos” e eram tratados com amor. Esta publicação refere que Amie costumava ler para eles a conceituada obra de Sam McBratney, ‘Adivinha o quanto eu gosto de você’.

Após a investigação da BBC, mais pais vieram a público denunciar Amie, referindo que deixaram os corpos dos seus falecidos filhos com mulher, de quem tinham boas recomendações, tendo posteriormente se deparado com situações que os deixaram indignados e traumatizados para a vida.

Um homem contou que o corpo da filha foi encontrado no sofá de casa da Amie, não tendo sido conservado às temperaturas aconselhadas. Por isso, a menina teve que ser sepultada sem que a urna pudesse ser aberta à família.

“Os bebês só conheciam o amor”

Confrontada com as acusações, Amie reconhece que a ideia poderia ferir os sentimentos dos mais sensíveis, mas que as suas intenções e o seu trabalho era feito com amor e responsabilidade.

“Não quero criticar os necrotérios ou o setor funerário, mas sei que aqui os bebês nunca eram deixados sozinhos. Eu estava sempre aqui”, afirma, garantindo que os bebês eram bem cuidados e que possuía unidades e berços refrigerados.

Os bebês só conheciam o amor. Não se vê enfermeiras lendo histórias aos bebês. Eu fazia isso. Sei que sempre dei o meu melhor“, garante.

Abriu casa funerária após tragédia pessoal

Segundo conta Amie, ela decidiu abrir uma casa funerária após uma trágica experiência pessoal. Estaria grávida, em 2017, quando foi alvo de uma brutal agressão por parte do seu companheiro, que acabou sendo preso e condenado  dois anos de prisão.

Acabou por dar à luz à sua bebê já sem vida, tendo esta associado sempre a morte da bebê à agressão de que foi alvo. 

O homem foi condenado apenas 4 anos depois, devido aos atrasos causados pela pandemia da Covid-19, período durante o qual Amie começou a transformar artigos de casamentos, em decorações funerárias. “Isso me curou”, afirma, tendo posteriormente decidido dedicar-se à área.

Molly decidiu aproveitar os seus últimos dias de vida fazendo algo que a fazia sentir viva. A sua história foi compartilhada num podcast e já deu origem a uma série.

Notícias ao Minuto Brasil | 07:00 – 28/08/2025

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