O dólar comercial terminou a sessão desta quinta-feira (5) cotado a R$ 5,58 na venda, no menor patamar desde outubro de 2024. A queda de 1,05% foi motivada pela conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ditador chinês, Xi Jinping, em meio a guerra comercial.
Na máxima do dia, a moeda americana atingiu R$ 5,63 e na mínima, R$ 5,57. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou aos 136.226 pontos, com recuo de 0,56%. A aproximação dos mandatários ocorre após os dois países concordarem com uma trégua tarifária de três meses.
O acordo prevê a redução das tarifas dos Estados Unidos de 145% para 30%, e da China de 125% para 10%, em uma tentativa de abrir caminho para um acordo mais amplo. Apesar da trégua, Pequim acusou Washington de não honrar o acordo ao implementar medidas de “supressão extrema”, como controles sobre exportações de chips e o cancelamento de vistos para estudantes chineses.
Por sua vez, os EUA acusam a China de bloquear novas licenças de exportação de terras raras e outros componentes necessários para semicondutores e automóveis. Após o telefonema, Trump disse Xi o convidou para visitar a China e que ele respondeu convidando o líder asiático a viajar aos Estados Unidos. O presidente americano descreveu a conversa como “muito positiva”.
“Durante a conversa, o presidente Xi teve a amabilidade de convidar a primeira-dama [Melania Trump] e eu para visitarmos a China, e eu retribuí”, escreveu Trump em sua rede social própria, a Truth Social, sobre a ligação, na qual disse que os dois discutiram “alguns detalhes” das negociações comerciais.
Já Xi afirmou que os dois países devem “eliminar todo o tipo de perturbações”, incluindo “sabotagens”, para que as relações retornem ao “caminho certo”. Na conversa, o ditador destacou que a China está sendo “sincera” e que o diálogo e a cooperação são “a única escolha certa”, segundo relatou a agência de notícias estatal chinesa “Xinhua”. (Com Agência EFE)
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