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criminosos usam dados de idosos para empréstimo

No momento da entrega, pedem dados e fazem captura do rosto da pessoa. É nessa hora que os criminosos solicitam empréstimos consignados (que serão descontados diretamente da folha de pagamento) em nome da vítima. Em alguns casos, criminosos conseguiam até entrar na conta das vítimas.

Dinheiro dos empréstimos é enviado para múltiplas contas laranjas e rapidamente sacado. Isso dificulta o processo de rastreio e a devolução da quantia perdida pelas vítimas do golpe. Até o ano que vem, o Banco Central terá uma ferramenta que vai seguir o dinheiro dissipado em contas de transição usadas por golpistas.

Golpe já foi aplicado em diferentes cidades do país. Há registros em Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Distrito Federal, entre outras. Em Juiz de Fora (MG), o Procon local registrou oito casos no início do ano – criminosos fizeram empréstimos no nome de duas vítimas nos valores de R$ 10,5 mil e R$ 21,5 mil. No DF, a maioria dos casos teve prejuízo médio de R$ 30 mil. O maior chegou a R$ 50 mil. Em Cabo de Santo Agostinho (PE), em 2023, um golpista foi preso após conseguir obter empréstimos de R$ 15 mil no nome de pelo menos 20 vítimas.

No DF, a Polícia Civil prendeu nove pessoas. Dentre os envolvidos havia desde as pessoas que iam na casa dos idosos até responsáveis por contas laranja. Eles estão respondendo em liberdade por organização criminosa e estelionato por fraude eletrônica. Em Juiz de Fora, após o aviso do Procon, houve redução de casos. Em BH, duas pessoas foram presas aplicando o golpe e também respondem em liberdade.

Pena por estelionato é branda, pois não tem violência, arma de fogo e potencial perigo à vida. A gente vê que a punição é leve, e isso faz com que alguns sejam reincidentes. Isso não é necessariamente um problema da Justiça ou da polícia, mas de quem faz as leis e de quem não entende que o crime tem mudado
Delegado Artur Vieira, da PCMG

Procon diz que captura de rosto de uma das vítimas foi falha e tem baixo padrão de qualidade. Segundo Gisele Zaquini, gerente de projetos do órgão em Juiz de Fora (MG), o banco forneceu detalhes do empréstimo de uma das vítimas. “A foto da mulher foi tirada no jardim da casa, com ela fora de quadro. Para você ver como o nível de exigência é baixo”.



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