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Coreia do Norte faz reforma militar após acidente com contratorpedeiro

Nesta sexta-feira (30), a Coreia do Norte anunciou a renovação da liderança militar após o acidente com um novo contratorpedeiro e em pleno recrudescimento da retórica belicista contra os Estados Unidos. A reforma militar aconteceu durante uma sessão do Partido dos Trabalhadores, na quarta-feira, de acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

A reunião foi presidida pelo líder do regime, Kim Jong-un, tendo sido nomeados seis comandantes de unidade da cúpula militar, o diretor do gabinete de Artilharia e o responsável pelo gabinete de Segurança.

A sessão “chegou a uma conclusão importante sobre o reforço das capacidades de defesa nacional e a orientação e tarefas imediatas para as atividades militares e políticas das forças armadas” norte-coreanas, indicou a agência.

Durante a reunião, “foram discutidas e decididas medidas militares para manter firmemente a superioridade estratégica e tática em todos os aspectos”, além de ter sido aprovada uma série de novos projetos nos campos da ciência e da indústria de defesa, continuou a KCNA.

A renovação dos líderes militares ocorre depois de um acidente, em 21 de maio, durante a apresentação de um novo contratorpedeiro norte-coreano, que naufragou parcialmente durante a cerimônia e na presença de Kim, que classificou o ocorrido como “um ato criminoso intolerável”.

Altos funcionários foram detidos no âmbito da investigação sobre o incidente, entre eles o vice-diretor do departamento da Indústria de Munições.

Este tipo de reconhecimento público de falhas técnicas ou administrativas por parte da Coreia do Norte é invulgar, dado que o regime costuma ocultar incidentes que possam ser interpretados como sinais de fraqueza ou incompetência, especialmente em setores estratégicos como o militar.

As mudanças militares ocorrem também poucos dias depois de a Coreia do Norte ter enviado a mensagem mais beligerante até ao momento à Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, a quem acusou de querer promover um potencial cenário de guerra nuclear no espaço com o “Domo de Ouro”.

Pyongyang disse que o sistema antimísseis com interceptores espaciais que Washington planeja construir nos próximos anos será “o detonador da corrida armamentista nuclear e espacial mundial”, considerando que a única forma de garantir a segurança é “através da simetria de um poder incomparável” capaz de enfrentar os desafios atuais e futuros.

Na semana passada, Trump estimou que o ‘Domo de Ouro’, apresentado como um sistema de defesa mais avançado do que a ‘Cúpula de Ferro’ de Israel, vai custar cerca de 175 bilhões de dólares (980 bilhões de reais) e deverá estar concluída no final do mandato, em 2029.

Leia Também: Rússia e China assinam acordo para construir central nuclear na Lua

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