Com valor de mercado ultrapassando os US$ 4 trilhões, a NVidia se tornou a empresa mais valiosa do mundo. Boa parte desse sucesso vem do protagonismo de seus chips GPU, peças-chave no desenvolvimento de inteligência artificial. Mas o feito impressiona ainda mais diante de um obstáculo político: a empresa conseguiu driblar Donald Trump. Jensen Huang, CEO da NVidia, parece ter desenvolvido um manual com cinco passos para navegar em tempos de guerra comercial com os EUA. Primeiro, aproximou-se de pessoas próximas a Trump. Depois, passou a fazer negócios com países que Trump respeita, como Arábia Saudita e Emirados Árabes. Também soube como alinhar o discurso, encontrando formas de mostrar que Trump estava certo em algumas de suas posições. Além disso, investiu em solo americano, falando a mesma língua do presidente. Ao mesmo tempo, não fechou as portas para os rivais de Trump, mantendo negociações com China e Taiwan. Huang também contou com um golpe de sorte: o lançamento de um chip pela Huawei, que deixou os EUA em alerta. Foi o momento ideal para argumentar que proibir as vendas da NVidia para a China poderia sair pela culatra, contribuindo para acelerar a autonomia tecnológica do país.
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