A seleção feminina de futebol entra em campo nesta terça-feira (22) podendo garantir vaga antecipada às semifinais da Copa América, no Equador.
As brasileiras terão pela frente o Paraguai no Estádio Gonzalo Pozo Ripalda, em Quito, a partir de 21h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Brasil.
O Brasil venceu os dois jogos que disputou (2 a 0 na Venezuela, 6 a 0 na Bolívia) e lidera o Grupo B com seis pontos. O embate com as bolivianas foi na última quarta-feira (16), ou seja, a equipe teve cinco dias de intervalo.
Em caso de novo triunfo, a seleção de Arthur Elias já assegura um lugar na semifinal. Se a partida terminar empatada, a classificação antecipada ocorre apenas se a Colômbia não ganhar da Bolívia no duelo que antecede o das brasileiras, às 18h, no mesmo local.
“Com certeza, os treinos de sábado e domingo foram os melhores que a gente fez. O grupo já adaptado à altitude e, principalmente, pelo intervalo grande [entre os jogos] que a gente aproveitou bastante para esse novo ciclo. Tivemos dois jogos de características diferentes. Esses dois [Paraguai e Colômbia], agora, para definirmos classificação e colocação. Depois, mais duas partidas: semifinal e final, assim esperamos”, disse o treinador, em entrevista coletiva.
A equipe verde e amarela tem dois desfalques para o compromisso: Fê Palermo e Gabi Portilho, que receberam dois cartões amarelos – um em cada jogo – e estão suspensas. Antônia deve ocupar a lateral direita, enquanto Luany, autora de dois gols sobre a Bolívia, deve formar o ataque com Kerolin e Gio Garbelini ou Amanda Gutierres.
Com três gols diante das bolivianas, Kerolin se isolou como maior goleadora do Brasil com Arthur Elias. São sete bolas na rede em 13 jogos comandada pelo ex-técnico do Corinthians. De quebra, a atacante do Manchester City, da Inglaterra, entrou na briga pela artilharia da Copa América, que é liderada por Cláudia Martínez, que defende justamente o Paraguai.
Martínez tem 17 anos e já fez quatro gols na competição, sendo três na goleada por 4 a 0 sobre a Bolívia, na estreia paraguaia. Meses antes, a jogadora foi decisiva ao liderar a seleção conhecida como Albiroja ao inédito título do Campeonato Sul-Americano sub-17, com dez gols em nove partidas.
“Acho que é muito bom estar disputando pela artilharia, acho que as coisas acontecem naturalmente. É muito bom poder fazer um hat-trick [expressão usada quando se marca três gols em uma partida], também. Acredito que tenho que pensar em um jogo de cada vez, ajudar da melhor forma a seleção em si, sendo com gol, assistência ou dando o meu melhor ali também defendendo”, projetou Kerolin, em depoimento à CBF TV.
“Ela [Cláudia Martínez] joga muito mesmo. Assisti ao Sul-Americano, assisti vídeos antes também. Está indo superbem. Surpreendeu ao entrar como titular e já fazer a maioria dos gols. Tem talento, é oportunista. A gente fica feliz de ver jogadoras jovens fazerem diferença na Copa América. Mas confio mais nas minhas. Sei que estão muito bem preparadas”, comentou Arthur.
O Paraguai, comandado pelo brasileiro Fábio Fukumoto, foi superado na rodada passada pela Colômbia, por 4 a 1. Com três pontos, aparece na quarta posição do Grupo B, atrás de Brasil (nove), Venezuela (quatro) e das colombianas (quatro). Se vencer nesta terça, a Albiroja ultrapassaria as brasileiras, já que o confronto direto é o primeiro critério de desempate.
Os dois primeiros colocados avançam às semifinais. Os dois finalistas da Copa América garantem vaga na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028.
O Brasil venceu os cinco duelos que fez com o Paraguai na história do futebol de mulheres. São 19 gols marcados e apenas dois sofridos. O último embate foi pelas semifinais da Copa América de 2022, na Colômbia. As brasileiras ganharam por 2 a 0, gols de Ary Borges (que está no elenco desta edição) e Bia Zaneratto no Estádio Alfonso López, em Bucaramanga.
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