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Brasil destina R$ 390 milhões à criação de IA no serviço público

Iniciativas de governo eletrônico que levem a administração federal a concretizar o plano de oferecer uma experiência personalizada a cada cidadão viraram prioridade do governo Lula. Em paralelo, o PBIA (Plano Brasileiro de Inteligência Artificial) foi lançado há um ano para fomentar tanto na iniciativa pública quanto na privada a tecnologia que virou febre no mundo. O projeto tocado pelo CPQD une as duas pontas.

Eu acho que essa coisa da ‘fome com a vontade de comer’ ocorre, não por um aspecto político, mas por usar uma ferramenta que potencialize o fornecimento de informação de forma ágil, segura e mais simples para o cidadão. A personalização permite integrar várias bases para fornecer informação ligado ao momento de vida da pessoa. A integração é uma forma ágil de estabelecer conexões relacionadas à vida dele. E a IA é um grande potencializador
Rogério Mascarenhas, secretário de governo digital do MGI

A iniciativa terá várias frentes de trabalho. Uma delas, pouco visível pois ocorrerá nos bastidores, será o uso de IA para integrar os diversos estoques de dados gerenciados pela administração federal, do CadÚnico (usado no Bolsa Família e outros programas sociais), a outras bases com dados de saúde e educação.

Outra dessas frentes é a criação de um Núcleo de IA, um ambiente digital que reunirá ferramentas e métodos à disposição dos servidores para até os que não sabem ou tenha poucas habilidades de programação possam propor soluções de IA. Essa área usará o conceito que, no jargão tecnológico, se classifica como “no code” (código nenhum, em tradução literal) ou “Low code” (pouco código).

Haverá ainda uma linha de atuação que vai garantir a segurança e a privacidade nas aplicações de IA, outra que vai refinar informações cadastrais para evitar duplicação e uma última que se debruçará em usar IA para criar personalizações dos serviços públicos.

Os quase R$ 400 milhões serão investidos no projeto ao longo de quatro anos. Para acelerá-lo, o CPQD começou a montar um data center dedicado, que contará com GPUs para desenvolver as aplicações e treinar os modelos de IA. Segundo Paulo Curado, diretor responsável pelo projeto no CPQD, a iniciativa envolverá a capacitação de 200 pessoas.



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