BNDES libera mais R$ 200 milhões para carro voador da Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 200 milhões à subsidiária da Embraer, Eve Air Mobility (Eve), para desenvolver os protótipos dos primeiros “carros voadores” brasileiros. A ideia é fabricá-los comercialmente depois.

As aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL na sigla em inglês), como são chamadas, estão sendo projetadas em vários países para realizar voos urbanos com zero emissões e ser até 90% menos ruidosas que os helicópteros.

Este é o terceiro financiamento do BNDES ao projeto. Os valores anunciados passam de R$ 1 bilhão.

Em 2022, foram aprovados para a Eve R$ 490 milhões para a fase de pesquisa e desenvolvimento. Segundo o banco, o montante corresponde a 75% do total para pesquisas, que é de R$ 652 milhões. Desse valor, R$ 80 milhões serão oriundos do Programa BNDES Fundo Clima e R$ 410 milhões serão provenientes da Linha Finem – Incentivada A/Inovação.

No mês passado, o BNDES liberou outros R$ 500 milhões para a Eve construir uma fábrica em Taubaté, no interior paulista. A quantia será usada, ainda, para a realização de testes e a certificação das aeronaves. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, já existe uma encomenda à futura fábrica, de 2.850 unidades de eVTOLs.

Considerando pesquisa, desenvolvimento, expansão dos serviços aeronáuticos e ampliação da capacidade de produção industrial da empresa, o total de investimentos no eVTOL é de R$ 2 bilhões, segundo a Embraer.

“O BNDES foi fundamental para instalação da fábrica do carro voador em Taubaté, garantindo empregos de qualidade na região do Vale do Paraíba. Agora, depois de financiar a primeira fase do desenvolvimento do próprio veículo, financiaremos a segunda fase que culminará com a versão final a ser comercializada. Ao todo, o Banco já aprovou, neste ano, R$ 700 milhões para a produção do carro voador”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

A Eve foi criada em 2017 como aceleradora de desenvolvimento de mobilidade urbana. Sua meta é abocanhar cerca de 30% do mercado de carros voadores. A estimativa da empresa é que até 2030 existam em torno de 50 mil modelos deles.

Os carros voadores serão elétricos e movidos a bateria, com capacidade de transportar quatro passageiros e mais o piloto, por uma distância de até 100 quilômetros. A expectativa é que entrem no mercado a partir e 2026.