Economia

Banco Central fará leilão de US$ 4 bilhões após dólar cair abaixo de R$ 6

O Banco Central fará duas intervenções no mercado financeiro nesta quinta (12) com o leilão de US$ 4 bilhões com compromisso de recompra. O anúncio foi feito na noite de quarta (11) após o fechamento do pregão e em meio à primeira queda do câmbio a menos de R$ 6 neste mês — a R$ 5,97.

Segundo o BC, os leilões são comuns nos finais de ano por conta da demanda de investidores, fundos, empresas e multinacionais para o envio da moeda ao exterior.

A operação, conhecida como leilão de linha, consiste na venda de reservas internacionais – o Brasil detém US$ 370 bilhões – para conter a volatilidade cambial e estabilizar o mercado. Cada leilão terá oferta máxima de US$ 2 bilhões, com a liquidação das vendas prevista para a próxima segunda-feira (16).

No primeiro leilão, apelidado de “linha A”, as propostas serão acolhidas entre 10h20 e 10h25, e a recompra ocorrerá em 4 de fevereiro de 2025. Já o segundo, “linha B”, aceitará propostas entre 10h35 e 10h40, com recompra agendada para 2 de abril de 2025.

A taxa de câmbio utilizada será baseada na Ptax das 10h do dia do leilão, uma referência calculada pelo BC com base nas cotações do mercado à vista.

Esta será a primeira intervenção do Banco Central desde que o dólar ultrapassou a barreira dos R$ 6. Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e futuro presidente da instituição, destacou recentemente que o BC atua apenas em cenários de disfuncionalidade no câmbio, reforçando que “não se segura o dólar no peito”.

O último leilão de linha foi realizado em novembro, com oferta de US$ 4 bilhões. Neste ano, o BC já havia realizado intervenções em agosto e setembro, utilizando contratos de swap cambial, que equivalem à injeção de dólares no mercado futuro.

Sob o governo Lula, a primeira intervenção aconteceu em abril, quando foram ofertados 20 mil contratos de swap cambial, movimentando US$ 1 bilhão. Em 2023, o BC não realizou leilões extras, devido à baixa volatilidade do real e ao forte fluxo comercial, mas as recentes oscilações no câmbio justificaram as ações atuais.

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