Por outro lado, segundo a especialista, a situação é mais complicada quando se trata de conteúdos “extremamente semelhantes”, nos quais há pequenas diferenças em relação ao original, por exemplo, devido a cortes ou angulações diferentes e também a alterações feitas com a ajuda da IA.
“Essa questão está relacionada às possibilidades da pesquisa reversa de imagens, oferecida por vários provedores, incluindo o Google”, explica Hansen.
Neste caso, as imagens são carregadas e o mecanismo de busca procura fotos similares – isso geralmente funciona, mas não é 100% confiável, pois também há muitos resultados incorretos.
Por isso, segundo a especialista, os provedores de mecanismos de busca poderiam argumentar que a precisão para a filtragem técnica de imagens praticamente idênticas ainda não é suficiente. No entanto, em princípio, plataformas como o Google deveriam ser responsabilizadas. Questionado, o Google ainda não respondeu à DW sobre o caso.
“Google lucra com a violência sexual contra as mulheres”
A HateAid vê no caso de Laura não apenas um exemplo de problemas de proteção de dados e privacidade na internet, mas também de violência sexualizada baseada em imagens contra mulheres e pessoas de gênero feminino. E do lucro que isso gera para empresas como o Google, já que “o mecanismo de busca torna o conteúdo acessível a um público amplo e lucra com os acessos”, afirma Ballon.
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