Em uma mensagem publicada em sua conta na rede social X, Machado afirma que essas ameaças são “feitas por agentes do aparato repressivo do regime e constituem crimes contra a humanidade, graves violações do direito internacional humanitário e um risco iminente para a vida de pessoas que estão sendo mantidas reféns pelo Estado”.
“Tratam-se de atos diretos e repetidos de intimidação dirigidos a pessoas completamente indefesas, privadas de sua liberdade e sob custódia estatal”, declarou a ex-deputada, que responsabiliza o governo venezuelano por “qualquer dano físico e psicológico que possa ocorrer” em decorrência das referidas ameaças.
Nesse contexto, a líder da oposição exige a “ação imediata” das organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, “incluindo mecanismos de proteção e verificação para evitar execuções extrajudiciais”.
Machado também pede que “governos democráticos e aliados”, sem especificar quais, “ativem medidas urgentes de pressão diplomática e de monitoramento internacional”, além de emitirem “alertas formais para dissuadir o regime de levar adiante essas ameaças”.
“Solicitamos proteção imediata para os presos políticos, acesso a observadores independentes e garantias efetivas de vida e integridade pessoal. Vidas estão em risco”, alertou.
A organização não governamental Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) informou nesta semana que, segundo relatos de familiares e presos políticos, agentes penitenciários da prisão de El Rodeo ameaçaram os detentos de usá-los como “escudos humanos” em caso de “uma possível intervenção dos Estados Unidos na Venezuela”.
“É importante ressaltar que o uso sistemático do medo e da intimidação como mecanismos de controle agrava o risco ao bem-estar físico e mental das pessoas privadas de liberdade”, afirmou a ONG.
As informações surgem em meio ao aumento da tensão devido à presença aérea e naval determinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Caribe e no Pacífico Oriental, e aos ataques a mais de 30 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, que teriam matado cerca de uma centena de tripulantes.
A situação é vista pelo governo do presidente Nicolás Maduro como uma tentativa de mudança de regime na Venezuela.
Maduro afirmou nesta quarta-feira que Caracas recebeu “apoio esmagador” do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), após Rússia e China criticarem as ações dos Estados Unidos durante uma reunião de emergência do órgão, convocada pela Venezuela após a apreensão de petroleiros venezuelanos.
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