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Papa e líder palestino discutem solução de dois Estados em 1º encontro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O papa Leão 14 recebeu nesta quinta-feira (6) o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no Vaticano, num contexto humanitário ainda considerado crítico na Faixa de Gaza, a despeito da trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas, firmada há quase um mês.

Foi o primeiro encontro presencial entre os dois desde o conclave que elegeu o pontífice, em maio. Antes, em julho, eles conversaram por telefone. A reunião ocorreu no palácio apostólico e simbolizou um gesto diplomático importante, num momento em que a ONU continua a pedir que Israel abra as passagens fronteiriças para permitir a entrada de água e alimentos no território devastado pelo conflito.

Em comunicado, o Vaticano informou que os líderes discutiram a necessidade urgente de “pôr fim ao conflito buscando uma solução de dois Estados [um judeu e outro palestino]”. Eles também falaram sobre o fornecimento de assistência à população de Gaza.

Abbas, que tem controle limitado sobre a Cisjordânia ocupada, chegou a Roma na véspera e fez uma visita à basílica de Santa Maria Maior, em que rezou diante do túmulo do papa Francisco, morto em abril, e deixou flores. “Vim vê-lo porque não posso esquecer o que ele fez pelo povo palestino”, disse ele.

Durante os últimos meses de seu pontificado, Francisco aumentou as críticas contra as ofensivas de Israel, o que gerou tensões diplomáticas. Leão 14, por sua vez, tem adotado uma postura mais cautelosa.

Embora tenha manifestado solidariedade à “terra martirizada” de Gaza e condenado o deslocamento forçado dos palestinos, o papa americano-peruano afirmou que a Santa Sé não pode se pronunciar sobre se os ataques configuram um genocídio.

O encontro com Abbas, portanto, marcou um gesto simbólico de continuidade no diálogo entre o Vaticano e a liderança palestina diante da crise no Oriente Médio. A Faixa de Gaza continua sob bloqueio imposto por Israel e, mesmo com o acordo para cessar-fogo assinado há três semanas, tem sido bombardeado pelas forças de Tel Aviv. O Estado judeu acusa o grupo terrorista Hamas de desrespeitar o pacto e justifica as ações com o argumento de legítima defesa.

O conflito teve início após o ataque de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis. A ofensiva de retaliação israelense já deixou mais de 68,8 mil mortos em Gaza, também majoritariamente civis, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, controlado pela facção, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.

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Folhapress | 15:11 – 06/11/2025

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