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Jovem que dizia ser Madeleine McCann chora ao ouvir decisão em tribunal

Julia Wandelt, de 24 anos, que afirmou ser Madeleine McCann e é acusada de perseguir os pais e irmãos da menina britânica desaparecida em 2007, compareceu ao tribunal nesta segunda-feira (6) e chorou ao ouvir do juiz que ela não é a criança desaparecida.

Segundo o jornal The Guardian, o Ministério Público descreveu a jovem polonesa como uma manipuladora emocional que teria promovido uma “campanha de assédio” contra a família McCann ao longo de três anos, por meio de ligações, mensagens e visitas à casa da família.

Durante o julgamento, Julia alegou ter lembranças de eventos familiares e momentos de brincadeira com os gêmeos McCann — informações apresentadas ao júri. “Poderíamos pensar que há alguma credibilidade, mas desde já deixamos claro que Julia Wandelt não é Madeleine McCann”, afirmou o promotor Michael Duck KC.

Ao ouvir a declaração, Julia chorou e tentou deixar a sala por uma porta que dava acesso às celas, sendo consolada por sua amiga Karen Spragg, de 61 anos, também acusada de auxiliá-la na perseguição.

Duck ressaltou que não há qualquer vínculo entre Julia e os McCann e que provas científicas serão apresentadas para confirmar isso. O promotor também destacou que Julia é quase dois anos mais velha que Madeleine.

O júri foi informado de que Julia já havia se passado por outras duas crianças desaparecidas — uma menina alemã e uma americana — e que teria usado o ChatGPT para gerar fotos falsas que enviou à irmã de Maddie, Amelie, como tentativa de convencimento emocional.

De acordo com o Ministério Público, Julia também enviou dezenas de mensagens, áudios, e-mails e cartas a Kate e Gerry McCann. Em uma delas, dizia: “Se eu for ela, tudo ficará bem. Se eu não for, deixo vocês em paz”.

Em outra mensagem, escreveu: “Sei que não sou bonita, mas sei o que sei e lembro do que lembro.” Julia afirmava que sua identidade não havia sido reconhecida por causa de uma “grande corrupção” e que a imprensa a fazia “parecer louca”.

Madeleine McCann desapareceu aos 3 anos de idade em maio de 2007, na Praia da Luz, Algarve, enquanto dormia em um apartamento de um resort. O caso segue sem solução. Em 2023, o alemão Christian Brückner foi formalmente acusado pelo desaparecimento.

Julia Wandelt se declarou inocente das acusações de perseguição em abril deste ano. Ela foi presa em fevereiro no aeroporto de Bristol, no Reino Unido, e responde por quatro crimes de assédio, incluindo o envio de mensagens, ligações e cartas à família McCann. A jovem teria viajado da Polônia ao Reino Unido para se encontrar com Karen Spragg, que também foi detida.
 
 
 

Christian Brückner, único suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, viajou até Braunschweig para tentar encontrar o procurador Hans Christian Wolters. Ele afirma ser perseguido pela mídia e responsabiliza o investigador pelas acusações que enfrenta

Notícias ao Minuto | 12:30 – 29/09/2025

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