Na abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, o fio condutor era a cooperação entre os países no contexto sugerido de 80 anos de paz, desenvolvimento e promoção de direitos debaixo do sistema das Nações Unidas. Mas, como era de se esperar, discussões sobre tecnologia, e especialmente sobre redes sociais e inteligência artificial, apareceram nas falas de muitos líderes globais. É curioso ver termos como datacenters, IA e plataformas digitais, que até pouco tempo eram restritos a fóruns especializados, aparecem no palco principal da diplomacia internacional.
Lula e os três mantras digitais
O Presidente Lula queria passar um recado claro sobre regulação de novas tecnologias e o papel do Brasil nessa discussão. Ele teve a seu favor o fato de que o Congresso Nacional acabou de aprovar o chamado Estatuto da Criança e do Adolescente Digital, além de o próprio governo ter editado uma série de atos normativos, empoderando a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais e criando um regime de incentivo para a instalação de datacenters no país. Além disso, o governo Lula enviou ao Congresso um projeto de lei sobre mercados digitais. Muita coisa para mostrar.
Essas novidades vieram ancoradas em um discurso em defesa da regulação das plataformas digitais e que procurou enquadrar suas críticas como movimentos que “servem para encobrir interesses escusos e dar guarida a crimes, como fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia.”














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