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Por que achado sobre fusão de buracos negros surpreende cientistas?

Quanto melhor se mede ondas gravitacionais, mais se descobre sobre como buracos negros se comportam. Segundo a revista científica Nature, entende-se melhor, por exemplo, quanto de energia eles perdem em forma dessas ondulações gravitacionais, como a nova região ao redor dele se ajusta e como se origina a fusão.

Com as novas detecções, pesquisadores descobriram, por exemplo, que a colisão ocorreu a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra em uma galáxia além da Via Láctea. Um com cerca de 34 e o outro com aproximadamente 32 vezes a massa do Sol, os dois buracos se fundiram em uma fração de segundo após orbitarem um ao outro a quase a velocidade da luz. Assim, resultaram em um único buraco negro com aproximadamente 63 vezes a massa do Sol, que girava a aproximadamente 100 revoluções por segundo (leia mais detalhes sobre a descoberta aqui).

Esta é a primeira vez que conseguimos fazer esta medição com tanta precisão, e é emocionante ter uma confirmação experimental direta de uma ideia tão importante sobre o comportamento dos buracos negros. Astrofísico Will Farr, um dos líderes do estudo liderado pelo Ligo

Descoberta de ondas gravitacionais surpreende cientistas porque alcança visão inédita sobre dinâmicas do Universo. Enquanto a astronomia convencional baseia seus estudos em ondas eletromagnéticas, como a luz, as ondas gravitacionais podem originar de objetos que não emitem luz e, por isso, desbloqueiam o lado escuro do universo, dando aos cientistas acesso a fenômenos nunca antes observados.

Fusão de buracos negros é considerada evento extraordinário pela ciência. Isso porque são, até aqui, as configurações mais extremas do espaço, tempo e gravidade já observadas por cientistas.

Tecnologias foram aprimoradas ao longo da última década para melhor detectar vibrações geradas pela colisão de buracos negros. Para conseguir detectar o “ringdown” de forma mais clara, o observatório Ligo teve de atualizar seus detectores, filtrar ruídos e fazer medições muito mais precisas nos últimos 10 anos, conforme divulgado pela Nature. Isso também é importante porque mostra que as ferramentas que os cientistas desenvolveram estão sendo aprimoradas, o que pode viabilizar descobertas sobre o universo ainda mais precisas no futuro.



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