Fantini avalia que a revolução promovida pelo Pix começa pela forma como ele foi construído: gratuito, fácil de usar e disponível a qualquer hora do dia.
Tudo isso fez o método de pagamento incluir mais de 70 milhões de brasileiros no sistema bancários, lembra Fantini citando dados do Banco Central.
Fantini conta que há tentativas de construir algo como o Pix em outros lugares do mundo, mas nenhuma delas obteve tanto êxito. O Ebanx atua em 20 países diferentes.
O Pix mata outras formas de pagamento?
Ser tão famoso tem seu ônus: empresas fornecedoras de outras tecnologias de pagamento viram na adoção do Pix uma ameaça a seus negócios. Foi o que ocorreu com a Meta, que viu na suspensão do WhatsApp Pay em 2020 por BC e Cade (Conselho Administrativo para Defesa da Concorrência) um jeito de beneficiar o Pix. Na semana passada, foi a vez da ITI (Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação, na sigla em inglês), que representa de big techs a bandeiras de cartão de crédito, reclamar do Pix ao USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA), que lidera a investigação norte-americana.
Para Fantini, no entanto, o Pix não coloca em risco outras formas de pagamento, como cartões de crédito, boletos ou métodos alternativos de transferências.
O Pix nasce digital, mas muito no enfoque de pessoa para pessoa. O ‘peer to business’ (de pessoas para empresas) representa 42%. O que a gente percebe é que ele complementa, não concorre diretamente com outras formas de pagamento. Dificilmente você conhecerá alguém que só usa Pix em seus pagamentos.
Sebastian Fantini, diretor de produto do Ebanx
Deixe um comentário