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EUA tentam “mudança de regime” na Venezuela de forma “terrorista”

“O que ameaçam tentar fazer contra a Venezuela — uma mudança de regime, um golpe terrorista e militar — é imoral, criminoso e ilegal”, afirmou o presidente em um discurso no Parlamento venezuelano, em Caracas, transmitido obrigatoriamente pelas redes de rádio e televisão do país.

Maduro agradeceu a vários governos “a solidariedade, o apoio dado à Venezuela e a rejeição mundial unânime de que os Estados Unidos iniciem um conflito armado na América do Sul, somando-o aos fracassos no Vietnã, Afeganistão, Iraque e Líbia”.

O chefe de Estado afirmou ainda que o direito internacional “proíbe a ameaça do uso da força contra Estados soberanos e o uso da força contra Estados soberanos”.

“A Venezuela voltará a vencer, conquistará novamente a paz, a estabilidade, o crescimento, a harmonia entre todos os venezuelanos e todas as venezuelanas. Em qualquer circunstância que tenhamos vivido, essa tem sido a fórmula: Deus está conosco, porque Deus está com os corajosos, com os justos”, acrescentou.

O presidente disse também que é hora de “reunir a vontade nacional” e deixar de lado as diferenças “menores ou internas”, para que o país petroleiro fale “a uma só voz”.

Na última quinta-feira, Maduro convocou uma jornada de alistamento das “forças milicianas” para este fim de semana, em resposta ao patrulhamento de navios militares nas águas do Caribe anunciado pelos Estados Unidos.

Dias antes, na segunda-feira, o presidente havia ordenado a mobilização de 4,5 milhões de milicianos, distribuídos por todo o país, depois que os Estados Unidos dobraram para 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) a recompensa por informações que possam levar à sua captura.

Na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Washington está preparada para “usar todo o seu poder” para interromper o “fluxo de drogas para seu país”, o que incluiria o envio de navios e soldados para as águas do mar do Caribe, próximas à Venezuela.

De acordo com a CNN, os Estados Unidos começaram a enviar 4.000 fuzileiros para as águas da América Latina e do Caribe a fim de combater os cartéis do tráfico de drogas, além de reforçar a presença militar na região com aviões-radar e três contratorpedeiros com capacidade antimísseis.

Na quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos Estados Unidos e à Venezuela para que “resolvam as diferenças por meios pacíficos”.

A Venezuela recebeu o apoio dos países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA), assim como de aliados como a China, o Irã e a Rússia.

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