Um data center, quando montado no Brasil, custa de 20% a 30% mais. Hoje, é mais barato processar fora e importar esse serviço. A gente quer mudar esse jogo para que o Brasil se torne competitivo em relação ao mercado internacional
Affonso Nina
Para algumas aplicações, não há problema em rodar alguma aplicação no exterior.
Já para outras não tem jeito. Aquelas que dependem de tempo curto para trânsito de dados, ou seja, baixas latências, precisam contratar capacidades de data centers instaladas no Brasil. Isso ocorre quando é crucial para a realização de uma tarefa o tempo de envio de uma informação, seu processamento no servidor e o retorno do resultado para o usuários.
60% do nosso processamento em nuvem está fora do Brasil, ou seja, a gente importa toda essa capacidade
Affonso Nina
Nina lembra que esse não é um setor simples: montar e manter um data center envolve uma cadeia inteira de desenvolvimento, que vai da engenharia e infraestrutura até a formação de mão de obra especializada.
Brasil tem três trunfos para fazer data center virar tíquete na briga da IA
Antes mesmo de a inteligência artificial virar hype, os data centers já eram parte essencial do jogo. Esses centros de processamento de dados estão por trás de quase tudo que envolve tecnologia, das operações mais complexas às mais cotidianas, como uma simples mensagem de texto, por exemplo. Se tem tecnologia no meio, em algum momento vai passar por um data center.
Com o boom das plataformas de IA, a demanda pelos data centers disparou no mundo todo. Mas o Brasil ainda está defasado quando falamos de capacidade de processamento de dados, aponta Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais).
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