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Após ameaça de Trump, Rússia e China treinam caça a submarinos

IGOR GIELOW
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dias depois de o presidente Donald Trump ameaçar Moscou com o deslocamento de dois submarinos nucleares, forças navais da Rússia e da China treinaram nesta quarta (6) a caça e a destruição desse tipo de embarcação.

O exercício ocorreu no mar do Japão e faz parte de uma manobra naval anual que começou no domingo (3). Ele envolveu helicópteros russos e chineses, um avião de guerra antissubmarino Y-8 da China e aeronaves de patrulha Il-38 da Rússia.

“O submarino inimigo foi detectado e destruído na simulação”, disse em nota da Frota do Pacífico da Rússia, que conduz o exercício.

Embora programada e enfatizada como sendo apenas defensiva, a manobra coincide com um período de tensão renovada entre os dois países aliados e os Estados Unidos.

Na sexta (1º), Trump havia anunciado o deslocamento de dois submarinos nucleares, sem especificar se eles também estavam armados com mísseis com ogivas atômicas, após bater boca virtualmente com o ex-presidente russo Dmitri Medvedev.

Hoje um expoente da linha-dura do governo de Vladimir Putin, mas sem real peso político, Medvedev havia criticado o ultimato dado pelo americano ao Kremlin para aceitar uma trégua na Guerra da Ucrânia -o prazo vence na sexta (8).

Na quinta (31), Medvedev reagiu a uma fala em que Trump chamava a economia russa de “morta” e fez uma gracinha, dizendo no Telegram que “mão morta pode ser perigosa”. Era uma alusão ao sistema Perímetro, conhecido no Ocidente como Mão Morta, que permite o lançamento de mísseis nucleares da Rússia de forma automática, em caso de os EUA atacarem de forma devastadora o país.

Ato contínuo, Trump fez a ameaça imprecisa com submarinos. A Frota do Pacífico anunciou que, após a conclusão do exercício nesta quarta, uma força conjunta de navios russos e chineses irá sair em patrulha pelo Pacífico.

Tal cooperação vem se intensificando nos últimos anos, em especial após a aliança estratégica selada por Putin e Xi Jinping 20 dias antes de o russo invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022. Missões navais e patrulhas conjuntas com bombardeiros de ataque nuclear são frequentes.

A parceria tem causado alarme no Ocidente. O chefe da Otan, a aliança militar do Ocidente, já disse acreditar num ataque conjunto de forças russas e chinesas. O Pentágono, por sua vez, especula que isso pode ocorrer com armas nucleares, e com a presença de mais um aliado comum de Pequim e Moscou, a ditadura da Coreia do Norte, que tem cerca de 50 ogivas.

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