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Reino Unido vai reconhecer estado palestino se Israel não aceitar trégua

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou nesta terça-feira (29) que a nação vai reconhecer o Estado Palestino se Israel não aceitar um acordo de cessar-fogo até setembro.
Além de fazer a trégua, Israel também vai precisar aceitar a “solução de dois estados”. A solução é uma proposta antiga de coexistência de Israel e da Palestina, que deve ser relançada na próxima Assembleia Geral da ONU, marcada para 10 de setembro em Nova York.

Rejeição de Netanyahu a uma solução de dois estados é moralmente e estrategicamente errada, diz ministro inglês. No parlamento da ONU, o representante das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, afirmou que a convivência entre os dois estados é o “único caminho para a paz justa e duradoura”. Ele disse, ainda, que o Reino Unido não quer “compensar” o Hamas pelos ataques de 7 de outubro, que desencadearam a guerra.

“O povo palestino não é o Hamas. Não é contraditório apoiar a segurança de Israel e apoiar o estado palestino”, disse David Lammy, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido.

Situação em Gaza está “cada vez mais intolerável”, afirmou Starmer. O comunicado foi feito em uma declaração de Downing Street na tarde desta terça-feira (29).

Starmer segue movimento feito pelo presidente da França, Emmanuel Macron, na última semana. O francês afirmou que vai reconhecer durante a Assembleia Geral da ONU.

Mais de 60 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o começo do conflito com Israel, em 7 de outubro de 2023. Os números são do Ministério da Saúde palestino. Na ocasião, um ataque terrorista do grupo extremista Hamas deixou quase 1,2 mil israelenses mortos.

Situação no enclave piorou nos últimos meses, com mortes por fome escalonando. Mais de 130 pessoas morreram por desnutrição severa em Gaza desde o começo da guerra, a maioria delas é criança. A crise humanitária foi agravada com o bloqueio total da entrada de insumos em Gaza por mais de dois meses, entre março e maio de 2024.

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