Vladimir Putin estaria planejando lançar uma ofensiva em massa com 2 mil drones simultaneamente contra a Ucrânia, numa tentativa de sobrecarregar os sistemas de defesa aérea do país. A informação foi revelada pelo jornal britânico The Sun, com base em declarações do general Christian Freuding, das Forças Armadas da Alemanha.
Segundo o general, o Kremlin vem acelerando a produção de drones kamikazes – especialmente os modelos Shahed, fabricados no Irã e usados intensamente pela Rússia ao longo dos três anos de guerra. A ideia, segundo ele, é realizar um ataque em larga escala com o máximo de aeronaves não tripuladas de uma só vez, tornando ineficazes até mesmo os sistemas antiaéreos mais sofisticados.
Freuding afirma que o exército russo está expandindo rapidamente sua capacidade industrial. Imagens exibidas pela televisão estatal russa mostram galpões enormes, repletos de operários e equipamentos, descritos como verdadeiras “fábricas da morte”. O general alerta que os ataques massivos podem ocorrer já nos próximos meses.
O The Sun destaca que, apesar da pressão internacional para que Moscou aceite um cessar-fogo – incluindo um ultimato de 50 dias imposto pelos Estados Unidos –, os ataques aéreos russos têm se intensificado. Nas últimas semanas, Kiev tem sido alvo de bombardeios diários com drones e mísseis. O recorde até agora aconteceu no início de julho, quando mais de 550 projéteis foram lançados contra a capital ucraniana em apenas uma noite.
A resposta da Ucrânia também tem sido enérgica. De acordo com o jornal, o país realizou cinco dias seguidos de ataques com drones contra Moscou, atingindo inclusive alvos estratégicos. Em paralelo, adolescentes russos estariam sendo recrutados por meio de programas educacionais voltados ao uso de drones, num esforço do Kremlin para ampliar o contingente técnico de sua guerra tecnológica.
Para conter o avanço russo, Freuding defende que a Ucrânia invista em alternativas mais acessíveis, como drones defensivos de baixo custo, em vez de depender apenas de sistemas caros como o americano Patriot. Segundo ele, Kiev também deveria ampliar seus ataques a bases militares dentro da Rússia para enfraquecer a infraestrutura bélica de Moscou.
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