O magistrado adverte, no entanto, que os autores poderiam apresentar um argumento vencedor de que, ao treinar a poderosa IA com trabalhos protegidos por direitos autorais, os gigantes do setor de tecnologia estão criando uma ferramenta que permitiria a uma multidão de usuários competir com eles no mercado editorial.
“Não importa o quão transformador seja o treinamento (da IA generativa), é difícil imaginar que possa ser justo usar livros protegidos por direitos autorais para desenvolver uma ferramenta para ganhar bilhões ou trilhões de dólares, ao mesmo tempo que permite a criação de um fluxo potencialmente infinito de obras concorrentes que poderiam prejudicar significativamente o mercado para estes livros”, afirmou Chhabria em sua decisão.
Entre os livros utilizados para o treinamento estavam “The Bedwetter” de Sarah Silverman e o romance “A Fantástica Vida Breve de Oscar Wao”, do vencedor do prêmio Pulitzer Junot Diaz, segundo a denúncia.
O treinamento dos modelos de linguagem de IA generativa exige enormes quantidades de dados. Músicos, autores de livros, artistas visuais e editores de notícias processaram as empresas desenvolvedoras que utilizaram obras sem consentimento ou sem pagamento.
As empresas defendem a figura do “uso legítimo”, argumentando que o treinamento de IA com enormes conjuntos de dados transforma fundamentalmente o conteúdo original e é necessário para a inovação.
“Nós apreciamos a decisão de hoje do tribunal”, disse um porta-voz da Meta em resposta a uma pergunta da AFP.
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