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Terrorista pega prisão perpétua por ataque que matou brasileira na França

O tunisiano Brahim Aouissaoui, responsável pelo ataque terrorista na Basílica de Nice em 2020, foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena nesta quarta-feira (26). A sentença, considerada a mais severa do Código Penal francês, foi proferida em decorrência do atentado que resultou na morte de três pessoas, incluindo a brasileira Simone Barreto Silva.

O ataque, ocorrido em 29 de outubro de 2020, vitimou também a paroquiana Nadine Devillers e o sacristão Vincent Loquès. Aouissaoui utilizou uma faca de cozinha para cometer os assassinatos, desferindo 25 golpes contra Simone Barreto Silva e cortes profundos na garganta das outras duas vítimas.

Além das mortes, o terrorista foi acusado de tentar assassinar outras sete pessoas, incluindo cinco agentes que realizaram sua prisão no interior da igreja. Durante o julgamento, a Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT) destacou a “periculosidade intacta” de Aouissaoui, descrevendo-o como “preso ao seu fanatismo totalitário e bárbaro”.

A acusação ressaltou a “selvageria inacreditável” demonstrada pelo réu ao cometer os crimes. Aouissaoui, por sua vez, negou ser terrorista, mas admitiu a autoria do ataque, recusando-se a fornecer detalhes sobre o ocorrido.

A PNAT argumentou que o réu já era “uma bomba humana” ao deixar a Tunísia em 2020, e que o ataque foi o “culminar de um compromisso jihadista nascido na Tunísia”. A acusação também destacou a ausência de remorso por parte do réu e a persistência de seu “ódio pelo Ocidente e pela França”.

A sentença de prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena é considerada extremamente rara na França. Em casos de terrorismo, a mesma pena foi aplicada a Salah Abdeslam, responsável pelos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris e Saint-Denis.

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