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Pelo menos 303 mortos e 619 baleados em manifestações em Moçambique

Desde o dia 21 de outubro, Moçambique tem vivido uma onda de protestos intensos contra os resultados das eleições gerais realizadas em 9 de outubro. Segundo um balanço atualizado divulgado pela plataforma Decide, pelo menos 303 pessoas morreram e outras 619 ficaram feridas a tiros durante as manifestações. Além disso, 4.228 manifestantes foram detidos até o momento.

Os protestos, liderados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais, têm sido marcados por confrontos violentos com as forças de segurança. Nesta terça-feira (14), durante a posse do presidente eleito Daniel Chapo, a polícia usou gás lacrimogêneo e tiros de metralhadora para dispersar manifestantes que se concentravam a cerca de 300 metros do local da cerimônia, no centro de Maputo.

Os manifestantes, que portavam bandeiras de Moçambique e cartazes de apoio a Mondlane, tentaram bloquear vias e ergueram barricadas com pedras. Apesar das tentativas de dispersão, o grupo voltou a se reunir repetidamente na mesma região, entoando o hino nacional e gritando “Salve Moçambique”.

A capital, Maputo, está sob medidas de segurança reforçadas, com a presença de dezenas de policiais, militares e equipes cinotécnicas para impedir a aproximação de manifestantes à Praça da Independência, onde ocorreu a posse presidencial. Em outros pontos da cidade, como no bairro Luís Cabral, pneus foram incendiados por manifestantes, bloqueando a estrada N4, uma das principais vias de acesso à cidade.

Daniel Chapo, de 48 anos, foi proclamado vencedor das eleições presidenciais pelo Conselho Constitucional em 23 de dezembro, com 65,17% dos votos. Ele tomou posse nesta terça-feira como o quinto presidente de Moçambique e o primeiro nascido após a independência do país. A cerimônia contou com cerca de 2.500 convidados.

No entanto, os resultados eleitorais têm sido amplamente contestados por Venâncio Mondlane, que obteve 24% dos votos, segundo o Conselho Constitucional, mas afirma ter vencido as eleições. Mondlane convocou manifestações e paralisações de três dias em protesto contra a posse de Daniel Chapo e os deputados eleitos à Assembleia da República.

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